No primeiro evento público oficial após a reeleição, a presidente Dilma Rousseff retomou nesta quarta-feira, 5, o discurso de diálogo feito logo após a vitória nas urnas e disse que, na democracia, “há que saber ganhar como há que saber perder”. Ela voltou a defender que, terminada a eleição, é preciso desmontar palanques e dialogar em nome das mudanças que o país precisa.
“Qualquer tentativa de retaliação por parte de quem ganhou ou ressentimento por parte de quem perdeu é uma incompreensão do processo democrático. E mais: criaria no Brasil um quadro caótico onde o presidente eleito por um lado não conversa com o governador eleito por outro, um senador eleito por um lado não conversa com o outro. Isso não pode ser assim”, disse a presidente em reunião aberta com integrantes do PSD, que reafirmaram apoio a ela para o segundo mandato.
Dilma reconheceu que a campanha eleitoral “acirrou ânimos”, mas reiterou que o momento agora é de mudar a trajetória da discussão e tentar chegar a consensos. A presidente listou o que chamou de “metas” para o segundo mandato: aceleração do crescimento, combate à inflação, preservação da responsabilidade fiscal, continuidade da expansão do emprego, da renda e da inclusão social.
Segundo Dilma, essas metas serão alcançadas com articulação no Congresso Nacional. “As mudanças serão resultado da vontade, do trabalho e da articulação do governo, dos partidos que integram nossa base aliada e do Congresso, portanto dos partidos da base com a oposição”.
Ao lado do presidente do PSD, Gilberto Kassab, e de outras lideranças da legenda, Dilma disse que o partido terá papel de “protagonista” em seu segundo mandato. A presidente agradeceu o que chamou de “sobriedade pedagógica” do PSD durante o período eleitoral e disse que tem clareza sobre o papel do partido no cenário político atual. “Cada partido ocupa um papel, todos são extremamente importantes, mas o PSD tem uma característica: o centro político é um espaço privilegiado das democracias e é um espaço que temos que considerar como sendo extremamente importante”, avaliou.
Atualmente, o PSD tem apenas um ministro no governo Dilma: Guilherme Afif Domingos, que assumiu a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, desde que foi criada, em maio de 2013.
Após a reunião com o PSD, Dilma anunciou que escolherá o nome do substituto do ministro Guido Mantega – que está no cargo desde o governo do ex-presidente Lula – após a cúpula do G-20 (grupo das maiores economias mundiais), na Austrália, nos dias 15 e 16 de novembro.
Fontes:
Agência brasil - Dilma reforça discurso de diálogo e diz que é preciso saber perder
O Globo - Ministro da Fazenda será escolhido após cúpula do G-20, diz Dilma
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4 comentários
Arrogância e prepotência em pessoa.
Quem perdeu foi a nação brasileira, com a reeleição desta senhora.
Onde a maioria, eu acho, decidiu reconduzi-la ao poder assimilando o “canto da sereia” por ela entoado.
Não vejo nem o túnel, quem dirá a luz no fim dele.
A Dona Dllma só sabe dialogar quando o interlocutor diz “sim Senhora” o tempo todo.
Dilma disse certo, porém fez o contrário. Não soube ganhar, uma campanha baseada em infâmias, agressões pessoais, silêncio diante da corrupção, dizendo que estava com os pobres e a Bolsa, e que outro estava com os ricos e cortaria a Bolsa. Não soube ganhar porque seu partido estimula os sindicatos associados a tornar um inferno o governo de SP. Lula gosta de negociar, Dilma odeia dialogar. O PT abandonou os que os ajudaram a mensalar, agora ninguém mais fará essa generosa ajuda, e quando processado fará a delação premiada. Valério pegou 40 anos para agradar o Dirceu que já está em casa. Perdeu a oportunidade.