O Atlas dos Municípios da Mata Atlântica apontou que o estado do Rio de Janeiro desmatou 11 hectares, entre 2012 e 2013, o que equivale a um desmatamento próximo a zero. A Mata Atlântica é um tipo de floresta tropical presente apenas no Brasil, no Paraguai e na Argentina. O bioma é lar de espécies ameaçadas de extinção como o mico-leão-dourado. Apesar de sua importância ambiental, cerca de 90% do bioma original foi destruído no processo de colonização do Brasil.
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Em entrevista ao jornal Globo nesta sexta-feira, 26, o deputado estadual e ex-secretário estadual do Ambiente Carlos Minc disse que há oito anos a situação do bioma era bem diferente. “Onze hectares é próximo do desmatamento zero. Chegamos à Secretaria do Ambiente em janeiro de 2006. O Rio já tinha sido, cinco anos antes, o estado que mais destruía Mata Atlântica. Os nossos parques estavam abandonados e os municípios não se interessavam pela questão ambiental. Além disso, não havia uma estrutura de fiscalização eficiente”. O deputado também disse que o passo seguinte será dobrar a área de Mata Atlântica nos próximos 20 anos.
As prefeituras foram incentivadas a preservar o meio ambiente pelos recursos do ICMS Verde, que são repassados às cidades mais ecologicamente sustentáveis. Em quatro anos, a área protegida por municípios fluminenses passou de 105 mil hectares para 220 mil. A fiscalização, por sua vez, foi reforçada com a criação da Comissão Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) e das Unidades de Polícia Ambiental (Upam), além da aquisição de barcos e helicópteros e a contratação de guardas-parques.
Entretanto, segundo o Atlas, algumas cidades ainda continuam a destruir o bioma. O município de São Fidélis foi o que mais desmatou no norte fluminense, seguido por Itaguaí, na Região Metropolitana, e Paraty, na Costa Verde. Paraty tem uma situação curiosa. Apesar de estar entre os municípios fluminenses que mais desmataram no período pesquisado, é um dos que possuem a Mata Atlântica mais preservada: são 72 mil hectares de vegetação cobrindo 78% de seu território. O estudo, baseado em imagens de satélite, alerta sobre a situação do município, cuja economia depende cada vez mais do turismo. Os três hectares desmatados nos últimos dois anos somam-se aos quase 20 mil destruídos desde que a Lei da Mata Atlântica (11.428/2006) foi criada, punindo com um a três anos de reclusão ou multa o agressor do bioma.
O Atlas da Mata Atlântica, que monitora o bioma há 28 anos, é uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A tecnologia utilizada permite avaliar o desmatamento em áreas florestais com mais de três hectares.
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Porque R$ 3 bilhões, é só plantar mudas das plantas existentes e nasce novas plantas e os passarinho resolvem o resto, foi assim que Deus criou o mundo.
Agora é necessário que a Violência também caia para valores mínimos, para o turismo cresça no Rio e no Brasil.