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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz ) afirmou em um estudo divulgado nesta terça-feira, 5, que Brumadinho pode ter um surto de doenças infecciosas.
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De acordo com o estudo, a população atingida pelo rompimento da barragem agora também pode ser afetada por um surto de doenças como febre amarela, dengue, esquistossomose e leptospirose, e ainda piora de doenças respiratórias e de pele, de doenças crônicas como hipertensão e diabetes e também de problemas como depressão e ansiedade.
Um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, Carlos Machado de Freitas, ressaltou que “no caso de Barra Longa (MG) depois de Mariana, houve um aumento expressivo de mais de 3.000% de casos de dengue. A área de Brumadinho foi uma área de transmissão de febre amarela”.
Alguns efeitos já poderão começar a ser sentidos nas próximas semanas, destaca o estudo, outros, porém, serão percebidos apenas a longo prazo. Há também o risco de a população ser afetada por problemas relacionados à contaminação da água do rio Paraopeba.
“Você tem uma desorganização dos meios e condições de vida de forma geral”, ressalta o pesquisador Carlos Machado de Freitas.
O isolamento e a “perda de condições de acesso a serviços de saúde” também são apontados no estudo como um fator que pode determinar o agravamento de doenças já existentes na população atingida pelo rompimento da barragem.
Fontes:
G1 - Brumadinho pode ter surto de doenças infecciosas, diz Fiocruz