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A intenção de Eduardo Cunha em incitar debate sobre o Parlamentarismo no Brasil é resultado de um eco discreto que corre nas Bolsas. Chegou ao deputado o episódio ocorrido semana passada: um conceituado analista brasileiro, durante teleconferência com investidores de Nova York, Berlim e Londres, ouviu duas perguntas: ‘Qual a probabilidade de não haver impeachment’ da presidente Dilma, e ‘Quem é e o que pretende Mr. Cunha’. A fama do presidente da Câmara roda o mundo. Para o mercado internacional, é ele, com agenda ofensiva e independente, quem manda no Brasil.
Só 2019
A exemplo de Collor, há duas décadas, Cunha quer sugerir plebiscito sobre modelo de Governo. Valendo para 2019 — quando, nos seus planos, pode ser Primeiro-ministro.
Passa pelo Congresso
O interesse em Cunha dá-se pelo seu Poder Legislativo. Parece óbvio, mas não é: os investidores só voltam a acreditar no Brasil com regulamentações seguras no mercado.
E o The Guy?
Quem acompanhou a visita da presidente Dilma ao presidente Obama ontem afirma que em nenhum momento ele perguntou por Lula, a quem chamou de The Guy anos atrás.
O plano de Lula
Na reunião com a bancada do PT em Brasília, o ex-presidente Lula pediu discurso para alguns pontos: defender o partido e seu legado, ‘atacar vazamentos seletivos’ da Lava Jato e a imprensa; comparar os governos FHC com os seus; lembrar a inclusão social; e que tucanos governaram o país por oito anos e deixaram crise (na opinião de Lula).
Dilma dançou
Um petista curioso notou que Lula não falou claramente em defender a presidente Dilma Rousseff, mas sim o PT, o Governo. Ou seja, a exemplo de aliados anteriores — Palocci, José Dirceu — Lula já abandonou Dilma e está cuidando da sua salvação.
Redução (de passagem)
Um grupo de manifestantes contra a redução da maioridade, cuja PEC foi analisada em 1º turno na Câmara, fez um ‘corredor polonês’ numa passagem para o plenário. Jair Bolsonaro foi chamado de fascista. Cristiane Brasil, filha de Jefferson, foi barrada.
Passe livre
Deputados contra a redução eram identificados com adesivos distribuídos pela turma, e passaram aplaudidos. Os poucos seguranças da Casa tiveram trabalho.
Sem passeio
Dilma adora museus, tem uma pinacoteca virtual com milhares de imagens de quadros e objetos no seu laptop. Desta vez não deu tempo de passear em Washington.
Marquetagem pura
A nova série de reuniões de governadores do Sudeste é marketing puro. A exemplo das anteriores, buscam holofotes para culpar o governo por mazelas que principalmente competem a seus estados. A diferença é que, unidos, o grito sai mais alto.
Repeteco
Em 2006, quando Sérgio Cabral assumiu no Rio, houve uma reunião destas: ele, Paulo Hartung (o porta-voz que agora retornou), José Serra e Aécio Neves. Falaram de reforma tributária. Nada andou. No início deste ano, o quarteto se reuniu para discutir segurança pública. De novo, tudo combinado e nada resolvido.
Inflação & cortes
O Itamaraty lançou concurso para preencher apenas 30 vagas de diplomatas — 8 delas para cota racial e de pessoas com necessidades especiais. Nem o Instituto Rio Branco escapou da inflação. O valor da inscrição passou de R$ 120 para R$ 200. E o corte atingiu também o número de selecionados para a segunda fase: caiu de 100 para 60.
Polêmica da faca
Em breve pode ser crime portar faca, punhal ou lâminas no bolso. Com os casos de esfaqueamento com morte no Rio, o Congresso se antenou. Pastor Franklin (PTdoB-MG) apresentou PL que proíbe porte de armas brancas.
Só agora
Mas é um projeto engavetado há 11 anos que avança. O 2967/04, de Lincoln Portela (PR-MG), com texto similar, teve parecer favorável na CCJ da Câmara e vai a plenário.
Haja deprê!
Da série de PLs esquisitos que aparecem na Câmara: o 1938/15, de Paulo Foletto (PSB-ES), institui a ‘Semana Nacional de Luta e Conscientização sobre a depressão’.
Ponto Final
‘Confio completamente nela, sempre foi muito honesta comigo, e além disso cumpriu o que prometeu’.
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, que provavelmente ouviu muitas conversas pessoais de Dilma com as escutas da NSA.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
Tadinho desse presidente, chegou ontem e ainda não mostrou serviço.
Esse Eduardo é perigoso, cuidado cidadão brasileiro estão criando outro presidente, é a mídia corrupta, deputados e senadores que carregam como ideologia seus próprios interesses, pobre dos aposentados, esse cara é outro Lula/Dilma.
Independente de cunha ser o que é ou que achamos que ele seja, acho que o melhor sistema político é o parlamentarismo, este presidencialismo nunca funcionou e sempre teve perfil messiânico e a História nos mostrou o quão falho ele é haja visto os diversos golpes e as crises institucionais que ele criou.
Deixar para essa população analfabeta, sem cultura que odeia ler livros e vendida por míseros trocados de bolsas, a decisão de escolher o sistema ideal é de uma estupidez bem tupiniquim.