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O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), reeleito pela terceira vez, não irá assumir o novo mandato por conta de ameaças de morte. A informação foi divulgada na última quinta-feira, 24, pela assessoria do parlamentar.
Jean Wyllys, que sempre teve como principais bandeiras pautas ligadas às causas LGBT e para minorias, recebeu 24.295 votos na última eleição, em outubro. A posse dos deputados federais eleitos está prevista para o próximo dia 1º. O vereador carioca David Miranda, também do Psol, é o suplente de Jean Wyllys.
Em nota publicada na última quarta-feira, 23, em uma rede social, Jean Wyllys afirmou que “preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé!”
Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé! ✊ https://t.co/Xy6SyDNXDy pic.twitter.com/Tf6SGmZFHq
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) January 24, 2019
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, 24, o parlamentar disse que está no exterior e que não planeja voltar por conta de ameaças de morte. A sua localização não será informada por questão de segurança. Ainda de acordo com Jean Wyllys, o Psol reconheceu que ele se tornou um “alvo” e apoia a sua decisão.
A assessoria do parlamentar informou também ao portal G1 que a quantidade de ameaças contra ele aumentou depois do assassinato da vereadora Marielle Franco, também do Psol. Desde o crime, ocorrido em março de 2018, Jean Wyllys vinha andando de carro blindado e precisava de escolta de seguranças armados.
“Aumentou a situação de violência, de seguidores do atual presidente [Jair Bolsonaro] que fazem todo tipo de xingamento e ameaças nas redes sociais. Isso criou uma situação cada vez mais difícil. Antes do assassinato da Marielle, ele já vinha recebendo ameaças muito pesadas, inclusive direcionadas não só a ele, mas também à família. E-mails falando endereço da mãe, endereço da irmã, da família”, informou ainda a assessoria do parlamentar.
Em entrevista à TV Globo, Juliano Medeiros, presidente do Psol, disse que “a situação do país é realmente muito grave, e a gente tem defendido que a resistência democrática no país é necessária. O Jean era e ainda é uma nesse processo de resistência democrática”. Medeiros afirmou também que o Psol lamenta a decisão do parlamentar, porém compreende e se solidariza com Jean Wyllys.
Repercussão internacional
A saída de Jean Wyllys da política brasileira repercutiu por todo o mundo, ganhando destaque em alguns dos principais jornais. A maioria dos sites destacou as ameaças de morte sofridas por Wyllys ao longo dos últimos meses.
O New York Times colocou a matéria sobre o abandono do deputado na capa do site, dando destaque às ameaças sofridas pelo parlamentar brasileiro. Já no início do texto, o jornal americano relembra que Wyllys fazia forte oposição ao presidente Jair Bolsonaro.
O Washington Post também falou sobre a oposição do deputado federal do Psol ao presidente Bolsonaro. Ademais, destacou que as ameaças a Wyllys aumentaram desde a morte da vereadora Marielle Franco, relembrando que, mesmo dez meses após o seu assassinato, ninguém foi preso.
Em uma matéria concisa, o Bloomberg também relembrou as disputas entre Jean Wyllys e Jair Bolsonaro. O jornal americano deu destaque ao confronto entre os políticos em 2016, durante as votações pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Bolsonaro havia dado entrevista ao jornal na última quarta-feira, 23, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Os jornais do Reino Unido também deram destaque à saída de Jean Wyllys da política brasileira devido às ameaças de morte. O Guardian, inclusive, lembrou que o deputado do Psol foi o primeiro parlamentar abertamente homossexual a assumir um mandato no Congresso Nacional. Ademais, compartilhou uma postagem das redes sociais de Wyllys, que explicava todos os motivos de sua saída.
O Independent destacou a falta de segurança ao deputado Jean Wyllys, o que o motivou a deixar o Brasil. Além de relembrar a trajetória do parlamentar, o jornal britânico apontou que o suplente de Wyllys, David Miranda, vai assumir a cadeira deixada. Miranda, que também é homossexual, é casado com o jornalista Glenn Greenwald, vencedor do prêmio Pullitzer. O jornal, inclusive, deu destaque a uma postagem de Miranda nas redes sociais, na qual o deputado, se direcionando a Jair Bolsonaro, afirmou: “Respeite o Jean, Jair, e segura sua empolgação. Sai um LGBT mas entra outro”.
A rede BBC, além de destacar as ameaças de morte, relembrou a proximidade entre Jean Wyllys e a ex-vereadora Marielle Franco. Além disso, também ressaltou as afirmações do deputado federal, que explicou que as ameaças a ele se estenderam também a membros da sua família.
Na Espanha, o jornal El País, que tem edições em diferentes lugares do mundo, evidenciou o agradecimento de Wyllys aos seus mais de 24 mil eleitores, que o apoiaram nas últimas eleições legislativas. Ademais, relembrou uma afirmação do deputado federal, que disse que a violência contra as minorias aumentou desde que o presidente Jair Bolsonaro foi eleito.
O francês Libération destacou à representatividade de Jean Wyllys à população LGBT no Congresso Nacional. Ademais, logo no início do texto, o jornal deu espaço à publicação do deputado federal nas redes sociais, que relembrou que “preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo”.
Os jornais La Prensa, da Argentina, e El Comercio, do Peru, também falaram sobre a saída do deputado brasileiro por causa das ameaças de morte. O jornal peruano, inclusive, deu espaço para uma publicação do congressista Alberto de Belaunde, que condenou a saída de Wyllys e compartilhou a postagem da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que lamentou as ameaças de morte recebidas.
Fontes:
G1-Jean Wyllys decide não tomar posse para novo mandato em razão de ameaças
Como bom “pseudo-esquerda” do PSOL este cidadão deve ter viajado para alguma nação capitalista do 1º Mundo. Pouco provável que pense em esconder em alguma ditadura de esquerda que o partido sempre defendeu…
Circula nas redes sociais que ele quer sair do país para fugir de investigação sobre seu relacionamento com o Adélio, que atentou contra Bolsonaro
Tem “caroço nesse angu”…
o deputado passou um atestado de covardia,com pretenções futura sabe-se ao que.se ele éra tão convicto no que proclamava,devia ter lutado por isso.em ,fui1964,preso politico,viví momentos de horror.em 1980 fui reconhecido pelos militares como um cidadão realmente verde-amarelo.em 1988 fui anistiado.tudo isso por ter sido membro ativista sindical na campanha O PETROLEO È NOSSO.finalmente em 2017,fui agraciado com um diploma de honra ao mérito pela minha luta pela democracia,a mim outorgado pela comissão de DIREITOS HUMANOS DO BRASIL.fugir nunca,batalhar pelo que é direito sempre.hoje aos 80 nos,ainda incomodo muitos patifes que se julgam donos do Brasil.ser covarde nunca.