O AP1, o maior fundo de pensão da Suécia, informou nesta segunda-feira, 6, que vai entrar na Justiça contra a Petrobras. A empresa se junta a grandes investidores que vêm buscando individualmente compensações da estatal brasileira. Os europeus, assim como os americanos, alegam que a empresa brasileira não revelou em seus balanços a real situação financeira da Petrobras, não provou que seus controles para evitar a corrupção funcionavam, além de sobrevalorizar seus ativos. As informações são do jornal Financial Times e foram confirmadas pela empresa.
O fundo de pensão sueco, de US$30 bilhões, mantinha 3,7 milhões em ativos da Petrobras até dezembro. No entanto, enquanto investidores nos Estados Unidos se uniram para lançar uma ação conjunta nos tribunais contra a empresa, os suecos anunciam que vão abrir uma ação separada.
O segundo maior fundo sueco, o AP3, também examina a possibilidade de abrir um caso contra a estatal brasileira. “Ainda não decidimos nos unir a uma ação de classe contra a Petrobras. Mas vamos nos assegurar que vamos receber nossa eventual parcela em qualquer tipo de acordo”, declarou o fundo ao jornal britânico.
Segundo especialistas ouvidos pelo Globo, o fato de os investidores institucionais estarem escolhendo não participar da ação coletiva e buscar suas próprias reivindicações é um sinal de confiança de que os potenciais benefícios superam os riscos financeiros de financiamento de um processo judicial.
A Petrobras, por sua vez, ainda não entrou com um pedido contra qualquer uma das ações, mas é esperado que isso ocorra nas próximas duas semanas. A estatal e seu escritório de advocacia, Cleary Gottlieb Steen & Hamilton, se recusaram a comentar o assunto.
Fontes:
Estado de S. Paulo-Investidores europeus decidem processar Petrobras
O Globo-Petrobras é alvo de quatro novas ações na Justiça americana
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