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A tarefa da diplomacia nas décadas vindouras será a de garantir que tal catástrofe nunca ocorra. A pergunta é: como? As ambições da China têm uma dimensão histórica e até mesmo emocional. Mas em grande parte do mundo a China procura respeitar as leis existentes, não subvertê-las.
A China é a maior contribuidora para missões de paz da ONU dentre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da entidade, e participa de patrulhamentos antipirataria na costa nordeste da África.
A grande exceção se dá nas regiões leste e nordeste da Ásia. A China enviou navios e aviões para contestar o controle do Japão no Mar da China Oriental, apossou-se de corais reivindicados pelas Filipinas no Mar da China Meridional e instalou uma plataforma de petróleo na suposta zona exclusiva econômica do Vietnã.
Tudo isso gerou preocupações na região. Alguns estrategistas afirmam que os EUA podem manter a paz somente se forem firmes contra o expansionismo chinês. Outros instam os EUA a compartilhar o poder no leste da Ásia antes que as rivalidades levem ao desastre.
Os EUA não podem se retirar da região sem gerar consequências graves para a área e para o seu próprio posicionamento. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a segurança americana foi a base da prosperidade asiática e de uma ordem cada vez mais liberal.
A ordem liberal, no entanto, precisa evoluir caso pretenda se manter. Negar a realidade do poder crescente chinês só fará com que a China rejeite o atual arranjo de poder mundial. Caso a China possa prosperar dentro do sistema, no entanto, ela o reforçará. É por isso que os EUA precisam reconhecer um aspecto cada vez mais desconfortável da sua liderança: a vantagem americana é inerente ao sistema, de modo que uma potência emergente pode vir a se desagradar com o status quo.
Fontes:
The Economist-What China wants