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A votação do relatório que pede a cassação do mandato do presidente da Câmara Eduardo Cunha foi adiada para a próxima quarta-feira, 8. Cunha já está afastado do cargo desde 5 de maio.
A decisão do adiamento aconteceu depois de cerca de cinco horas de discussão. O presidente do Conselho José Carlos Araújo (PR-BA) acatou o pedido do relator, Marcos Rogério (DEM-RO), de adiamento. Os dois políticos são contra Cunha. O adiamento foi uma estratégia para que Cunha não fosse absolvido, o que deveria ocorrer caso a votação acontecesse nesta terça-feira, 7. Afinal de contas, a deputada Tia Eron (BA), do PRB, que tinha o voto decisivo não apareceu na sessão.
Por conta da ausência da deputada, o voto ficaria nas mãos do suplente Carlos Marun (PMDB-MS), um dos principais defensores de Cunha, ficando claro para os deputados que a falta de Eron poderia significar um possível acordo entre ela e seu partido para livrar Cunha da cassação.
Este processo já é o mais longo da história do Conselho. Segundo o relator, Cunha quebrou o decoro parlamentar ao omitir que tinha contas no exterior. Para piorar, segundo a Procuradoria-Geral da República, parte do dinheiro contido nestas contas tem origem no esquema do petrolão.
Cassar o mandato de Cunha, no entanto, não será uma tarefa fácil. Ele só perderá o mandato caso pelo menos 257 dos seus 512 colegas se manifestem contra ele, em votação aberta no plenário da Câmara, mas ainda não há data marcada para esta definição.
Fontes:
Folha de S.Paulo-PRB manobra para salvar Cunha, e votação sobre cassação é adiada
G1-Relator do caso Cunha em conselho pede mais tempo, e votação é adiada