Os Jogos Olímpicos da Antiguidade duraram mais de mil anos, de 776 a.C. a 395 d.C. Os jogos eram realizados na cidade de Olímpia a cada quatro anos, como a cópia moderna. Acabaram com a conquista da Grécia pelos romanos e depois por várias tribos bárbaras, que aos poucos destruíram as instalações. No século V um terremoto, seguido de inundação, acabou de derrubar tudo e cobriu o local com vários metros de lama. Mais de mil anos depois, em 1766, as ruínas foram descobertas por um antiquário inglês. A partir de 1875 começou uma escavação em grande escala.
Uma das pessoas que se entusiasmou ao saber da descoberta foi o barão francês Pierre de Coubertin (1863-1937). Ele foi o criador dos Jogos Olímpicos modernos, que acontecem a cada quatro anos desde 1896. A luta de Coubertin foi longa. A Inglaterra, no auge do poderio do Império Britânico, e os Estados Unidos, queriam que os jogos se chamassem Pan-Britânicos e acontecessem nos EUA. O governo grego, em má situação financeira, não queria arcar com os custos. No fim, a população grega doou dinheiro e um estádio do ano 300 a.C. foi todo reconstruído em mármore e as primeiras Olimpíadas da era moderna aconteceram. Foram 195 atletas, todos homens, de 13 países.
Muitos achavam que os jogos deviam continuar sempre na Grécia mas Coubertin fez prevalecer sua opinião de variar o país sede. A segunda competição se deu em Paris no ano 1900. O número de países aumentou para 21 e desta vez permitiu-se a vinda de mulheres – vieram onze.
Coubertin viveu o suficiente para ver sua idéia se firmar e crescer. Morreu após os jogos de Berlim de 1936, em que o negro americano Jesse Owens triunfou sobre os “arianos” de Hitler. E, morrendo em 1937, foi poupado de ver os horrores da Segunda Guerra Mundial.
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