Um novo estudo de Emmanuel Saez da Universidade da Califórnia, Berkeley, e Gabriel Zucman da Escola de Economia de Londres sugere que, nos EUA, a desigualdade está se aproximando de níveis recordes.
Os autores identificaram o total da riqueza retida por 90% das famílias na base da pirâmide econômica em relação à porção em posse dos 0,1% que estão no topo da pirâmide. No final de 1920 os 90% detinham apenas 16% da riqueza nos EUA, consideravelmente menos do que a riqueza representada por 0,1% das famílias mais ricas do pais, que controlavam um quarto da riqueza total do país.
Desde o início da Grande Depressão até bem depois da Segunda Guerra Mundial, a participação da classe média na riqueza total aumentou de forma constante, graças ao colapso da riqueza entre as famílias mais ricas, uma participação de capital mais ampla, o crescimento da renda da classe média e o aumento das taxas de aquisição de casa própria.
Desde o início de 1980, no entanto, essas tendências se inverteram. Os 0,1% no topo da pirâmide (ou 160 mil famílias com patrimônio médio de US$ 73 milhões) detêm 22% da riqueza dos EUA, pouco menos do pico atingido em 1929, e quase a mesma proporção que os 90% na base da pirâmide.
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Ora, o Obama pode copiar o bolsa-família (bag-family). Com setenta dólares por mês – uma bagatela – ele acaba com a desigualdade.
Penso que o Brasil em Desigualdade Social, também está vivendo um recorde histórico.
Mais de 50 milhões de pessoas, ou seja, mais de 25% da população brasileira, estão em 2014 beneficiadas pelo Bolsa Família(desempregados com R$70 mensais). É o equivalente à população da Coreia do Sul! Mas daqui a 4 anos provavelmente terá população equiparada à de Itália, 61 milhões, que é somando aos atuais 50 milhões, os mais de 10 milhões de brasileiros que atualmente vivem na miséria abaixo dos R$70 mensais(dados do IBGE). Então passaremos a ter 30% da nossa população, 60 milhões de brasileiros a ser atendida pelo Bolsa Família?