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Mais de 25% dos americanos guardaram menos de US$ 1.000 para sua aposentadoria. Apenas metade daqueles entrevistados pela pesquisa anual de Segurança de Aposentadoria do Instituto de Pesquisas de Benefícios Empregatícios afirmaram que certamente conseguiriam ter acesso a US$ 2.000 caso uma emergência ocorresse no mês seguinte.
A sociedade americana tenta induzir as pessoas a economizar fundos. Diversos incentivos tornam a prática menos dolorosa. Mas, uma vez que dependem do código tributário ou de planos de aposentadoria privados, eles não atingem uma grande parcela dos americanos – justamente as pessoas que precisam guardar mais e que têm mais dificuldade para fazê-lo.
No entanto, há um produto financeiro que os americanos usam com entusiasmo, especialmente aqueles que mais precisam poupar: bilhetes de loteria.
As loterias não costumam ser consideradas parte da solução para a crise de poupança americana. Ao contrário, em geral são consideradas grande parte do problema. As loterias oferecem as piores chances de retorno entre os jogos de aposta legais – cerca de 55% do total pago pelas pessoas em bilhetes é pago em prêmios.
No entanto os americanos gastam em média US$ 540 por domicílio em bilhetes de loteria todos os anos – cerca de US$ 100 a mais do que gastam com leite ou cerveja. Esse montante é desproporcionalmente gasto por negros, os quais gastam cinco vezes mais em loterias que os brancos e os muito pobres. As pessoas com uma renda domiciliar de menos de US$ 10.000 por ano que apostam em loterias gastam US$ 597 por ano em bilhetes.