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O governo de Barack Obama exigiu nesta segunda-feira, 11, que a China tome medidas concretas para impedir ataques de hackers contra alvos do governo e de empresas americanas e comece a participar do diálogo global para definir padrões de segurança no ciberespaço.
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As exigências, contidas em um discurso do assessor do presidente para a Segurança Nacional, Thomas E. Donilon, representam a primeira resposta direta da Casa Branca a uma série de ataques a redes de computadores norte-americanos, muitos dos quais parecem ter partido de instalações controladas pelo próprio Exército chinês.
Segundo Donilon, a Casa Branca busca três coisas de Pequim: o reconhecimento público da urgência do problema, um compromisso para acabar com os hackers que operam na China e um acordo para participar de um diálogo para estabelecer “normas aceitáveis de comportamento no ciberespaço”.
Até agora, a Casa Branca evitava mencionar a China diretamente em suas discussões sobre o cibercrime, talvez por respeito à transição de poder ocorrida recentemente no país asiático. Em seu último discurso do Estado da União, Obama disse apenas: “sabemos que países estrangeiros e empresas estão furtando nossos segredos corporativos”.
Mas como surgiram evidências concretas da ligação do Exército chinês a uma extensa rede de hacking contra alvos americanos, tornou-se mais difícil para Obama evitar críticas à práticas chinesas no ciberespaço.
Donilon disse que as ameaças à segurança cibernética haviam passado para o primeiro plano das suas preocupações com a China, observando que ele não estava “falando sobre cibercrime comum”.
Mas embora Donilon tenha ressaltado a importância de desenvolver um código de conduta sobre segurança cibernética, ele não fez nenhuma menção aos ataques de Washington contra redes de computadores no Irã, por exemplo, que têm impedido o desenvolvimento de centrífugas nucleares em Teerã.
Fontes:
The New York Times - U.S. Demands That China End Hacking and Set Cyber Rules