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O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que renunciou ao cargo na tarde deste domingo, 11, após 13 anos no poder, usou a sua conta no Twitter para denunciar que pode ser preso, destacando que a ação é ilegal.
“Eu denuncio ao mundo e ao povo boliviano que um policial anunciou publicamente que ele foi instruído a executar um mandado de prisão ilegal contra mim; da mesma forma, grupos violentos assaltaram minha casa. Os golpistas destroem o estado de direito”, afirmou Evo Morales.
O líder opositor Luis Fernando Camacho também usou o Twitter para comentar o caso, porém escreveu em tom de comemoração: “A polícia e os militares estão procurando por ele no Chapare, lugar onde se escondeu. Os militares lhe tiraram o avião presidencial”.
Evo Morales e seu vice, Álvaro García Linera, renunciaram aos seus respectivos cargos após uma escalada nas tensões no país. Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados também renunciaram, assim como a então presidente do Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia, María Eugenia Choque Quispe, que foi presa após deixar o cargo.
Após o anúncio da renúncia de Evo Morales, feito em rede nacional de televisão, a Bolívia se transformou em palco de incêndios, saques e ataques a residências, como a do próprio ex-presidente.
Evo Morales havia sido eleito, no dia 20 de outubro, para um quarto mandato presidencial. Houve, no entanto, denúncias de fraude. A Organização dos Estados Americanos (OEA) apontou irregularidades nas eleições. A Bolívia então se transformou em palco de protestos. Policiais aderiram aos protestos nos últimos dias.
O agora ex-presidente chegou a anunciar neste domingo a convocação de novas eleições. Horas depois, afirmou que renunciaria ao cargo. Os chefes das Forças Armadas e a Polícia haviam pedido que Morales deixasse o cargo para “pacificar” a Bolívia.
Fontes:
Uol - Evo diz que polícia tem "mandado ilegal" para prendê-lo e denuncia "golpe"