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A campanha de violência do Boko Haram na Nigéria promete acirrar as eleições presidenciais do país, previstas para o dia 14 de fevereiro.
O avanço do grupo enfraqueceu a campanha de reeleição de Goodluck Jonathan e impulsionou a do general reformado Muhammadu Buhari.
Há 30 anos, quando a Nigéria vivia sob um regime militar, Buhari comandou o país com mão de ferro. Insatisfeita com o fracasso de Jonathan em conter o Boko Haram, a população vê em Buhari a esperança para se livrar da ameaça do grupo radical.
“O Estado está entrando em colapso e todos estão com medo. O Boko Haram pode capturar mais territórios e aumentar o nível de suas atrocidades. Muita gente teme que eles dominem o país inteiro, então estão dizendo ‘Deem uma chance para Buhari’”, disse o cientista político Jibrin Ibrahim, em entrevista ao jornal New York Times.
A precariedade do exército nigeriano também está fortalecendo Buhari e sua fama de ter “tolerância zero”. Mal armados e mal treinados, os soldados nigerianos deixam seus postos à medida que os jihadistas do Boko Haram avançam. Eleitores de Buhari esperam que a situação mude com sua possível chegada ao poder.
A situação na Nigéria não está nada confortável para Jonathan, que comanda o país dede que o regime militar chegou ao fim, há 15 anos. Durante muito tempo, Jonathan viveu de petrodólares e se sentia a vontade para distribuí-los. Porém, a queda no preço internacional do petróleo e o avanço do Boko Haram fizeram o atual líder perder prestígio no país.