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Por mais de meio século, a família Kennedy foi uma força na política norte-americana. O domínio começou com o presidente John F. Kennedy em 1960 e durou até a morte do senador Edward Kennedy em 2009.
O retorno da família ao cenário político não é iminente, mas pode não demorar muito. Um candidato a um assento na Câmara de Massachusetts é Joseph P. Kennedy III, o neto de Robert F. Kennedy e sobrinho-neto do senador e do presidente.
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Joseph, de apenas 31 anos, tem sido comparado com o jovem John F. Kennedy e especialmente com Edward Kennedy, ambos entraram para a política pouco depois de seus 30º aniversários.
Políticos relevantes e observadores dizem que Joseph Kennedy tem um talento natural, assim como seus ilustres parentes. “Eu estou na política há muito tempo e só ocasionalmente você encontra alguém com habilidades especiais e capacidades genuínas”, diz o ex-senador democrata Christopher Dodd.
Apesar destas credenciais, Joseph Kennedy mantém um discurso contido: “Sou extremamente orgulhoso do serviço da minha família pelo país. Isso gera uma curiosidade pela minha candidatura, mas tenho que conquistá-la”, disse ele em uma entrevista em Milford.
No entanto, a participação política da família no país tem sido limitada. O pai do candidato, Joseph P. Kennedy II, que chegou a integrar o Congresso, não conseguiu a mesma ascensão que os famosos membros da família.
Joseph P. Kennedy III é o primeiro desde então a se candidatar. Ele se formou em na Universidade de Stanford em engenharia, passou dois anos como voluntário do Corpo de Paz na República Dominicana. Formou-se em Direito pela Harvard Law School realizou assessoramento jurídico em bairros pobres de Boston e depois trabalhou como promotor em dois escritórios de advogados.
Em 2006, com seu irmão gêmeo, Matt (atualmente trabalhando no Departamento de Comércio dos EUA), ele auxiliou seu tio-avô na campanha de reeleição do Senado. Isso não foi difícil, Edward Kennedy ganhou quase 70% dos votos.
Joseph Kennedy diz que a candidatura faz parte de uma revolução que começou na mesa de jantar com a família, impulsionado pelo desejo de mudança e ele tem agido para isso. Em apenas alguns meses, participou de 100 eventos nos bairros, muitas vezes trabalhando sete dias por semana: “Ninguém vai dizer que não trabalhei para isso”, afirmou.
Apoio dos eleitores
Joseph Kennedy se comunica com a multidão com facilidade e os eleitores não escondem o entusiasmo com o candidato: “Conheço a família Kennedy, eu sei que ele irá fazer algo por nós no Congresso, os Kennedys ouvem a classe média”, diz Elaine Nigro, uma professora aposentada. Marie Romagnoli diz simplesmente: “Ele não pode dar errado sendo um Kennedy”.
A maioria das propostas e agenda do candidato ainda está em formação, mas previsivelmente devem abordar clichês dos democratas progressistas, como a criação de empregos, ajuda às empresas de pequeno porte, uma abordagem fiscal equilibrada que inclui cortes de gastos e aumento de impostos e um código fiscal que garanta que todos os norte-americanos irão contribuir.
Joseph Kennedy arrecadou US$ 1,3 milhão para campanha no primeiro trimestre, impulsionado pelos arrecadadores de fundos motivados pelos seus famosos parentes. Os republicanos, por sua vez, estão focados em manter o senador titular, Scott Brown, e talvez ganhar a cadeira no Congresso do deputado democrata John Tierney.
Este é um enredo conhecido de veteranos que se lembram de eventos há 50 anos, quando um advogado que concorria com o jovem Edward Kennedy afirmou: “Se o seu nome fosse Edward Moore sua candidatura seria uma piada. Mas é Edward Moore Kennedy”.
A brincadeira não impediu que Edward Kennedy ganhasse facilmente a eleição e atuasse 47 anos no Senado como um dos mais influentes parlamentares de sua época.
Fontes:
Bloomberg - This Kennedy May Renew the Family Franchise
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Se eu fosse americano e soubesse como é as eleições lá, daria de imediato meu voto pois John Kennedy foi exemplo para o mundo e que até hoje ainda é noticia. Se dizem Elvis não morreu Kennedy não morreu