As Olimpíadas de Inverno de 2022 terão como sede uma cidade chinesa onde não neva em nenhuma época do ano. Nesta sexta-feira, 31, o Comitê Olímpico Internacional (COI) elegeu a cidade de Zhangjiakou, 250 km ao norte de Pequim, como sede dos próximos jogos de inverno.
Sempre que uma cidade é eleita como sede olímpica, questões como o custo do evento e o prazo para a construção de infraestruturas esportivas adequadas começam a surgir. Porém, nenhum desses fatores trouxe preocupação para a China.
Pequim já foi sede das Olimpíadas de 2008, e o país provou ter capacidade de construir de forma rápida estádios e outras instalações esportivas de grande porte. O governo chinês também já deixou claro que não economizará com os gastos para o evento, como parte de seus planos para ganhar proeminência internacional.
O grande problema é a ambição da China em sediar o evento, e lançar um setor de esportes de inverno, em Zhangjiakou, que fica próximo ao Deserto de Gobi, no norte do país. Quase todas as cidades que sediam o evento usam neve artificial para suprir a demanda ao longo do evento, bem como garantir que a substância seja da melhor qualidade possível. Porém, a maioria delas já tem neve naturalmente. Esse não é o caso de Zhangjiakou.
O governo chinês planeja gastar cerca de US$ 90 milhões para criar neve artificial durante os jogos de inverno. O governo também já investiu em um gigantesco esquema para levar água por galerias subterrâneas do sul para o norte.
Para ambientalistas, a maior preocupação são os planos da China em investir no esqui nacional. O esporte ainda dá os primeiro passos no país e é praticado por iniciantes em neve artificial. Além de muita neve artificial, a China também quer criar atletas capazes de ganhar medalhas de ouro.
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