Nesta semana, o governo deu provas do seu planejamento aquém do desejável. No início da semana, a presidente Dilma falou que não iria rever o regime de partilha e as regras de exploração do pré-sal:
“A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (6), ao dar posse ao novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, que o que está em disputa hoje no Brasil é a forma de exploração do patrimônio do pré-sal, que representa centenas de bilhões de reais do Estado brasileiro e que já estão assegurados para a Educação e para a Saúde do País”.
Mas no meio da semana, no Congresso, o Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, falou que as regras de exploração do Pré Sal poderiam ser “revisitadas”, inclusive, a exigência para que a Petrobras participe com o mínimo de 30% dos campos no Pré Sal.
Devemos acreditar na presidente ou no seu ministro? Não sei. Vamos esperar que eles se entendam para termos uma maior clareza do que acontecerá. Mas por enquanto, apesar do discurso nacionalista que o Brasil hoje tira 700 mil barris por dia do Pré Sal e que o dinheiro será usado para educação e saúde, a realidade é que, com a queda do preço do petróleo, o retorno para o governo federal, estados e municípios com royalties e participação especial desabou nesse primeiro trimestre do ano. Nada mais nada menos que uma queda real de R$ 3,5 bilhões ou de 35%!
No mais, especialistas do setor de petróleo dizem que o com barril de petróleo a US$ 60, parte do Pré Sal não é economicamente viável para exploração e, logo, não teremos a tão sonhada fartura para financiar gastos em educação. Assim, não está assegurado os recursos para educação e saúde no Brasil e, no momento, o setor púbico terá que lidar com uma forte queda da receita com royalties e participação especial.
Royalties e Participação Especial – Setor de Petróleo e Gás – 1o TRIM de 2013, 2014 e 2015 –
R$ milhões de março de 2015
*Mansueto Almeida é economista do Ipea e titular do Blog do Mansueto
Fontes:
Blog do Mansueto - Meu petróleo querido! Mas e o $$$?
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É difícil de acreditar que Ella ainda esteja tentando usar essa empresa desacreditada em todo o mundo para vender a ideia, inviável pelos próximos decênios, do pré-sal.
Ela não lê os jornais?
Ela não vê televisão?
O que é que essa mulher faz o dia inteiro?