A glândula pineal, uma pequena glândula endócrina situada atrás do tálamo e entre o terceiro ventrículo craniano, produz a melatonina, um hormônio que regula o sono. Antigamente, seu efeito começava a agir depois do pôr do sol, atingia o máximo no meio da noite e aos poucos diminuía em resposta à luz. O resultado eram períodos regulares de sono e vigília.
A vida moderna, no entanto, dificulta o equilíbrio da glândula pineal, porque seus estímulos começam a funcionar na ausência da luz, especificamente, da luz azul irradiada por fotodíodos das telas de celulares, tablets e laptops. Sem esse equilíbrio, a noite transforma-se em dia. Diversos estudos mostraram que o uso à noite de dispositivos com tela afeta o sono tranquilo e regular das pessoas. As telas cada vez menores e, por isso, mais próximas dos olhos, estão prejudicando ainda mais o sono dos usuários de dispositivos eletrônicos. Como consequência, já existe um mercado específico de dispositivos e aplicativos que controlam a quantidade de emissão da luz azul de uma tela.
A última pesquisa mostrou que os adolescentes são especialmente sensíveis a essa alteração na produção de melatonina. Os jovens em meados da adolescência têm padrões pouco usuais de sono. Sem controle dos pais ou dos responsáveis, eles dormem de madrugada e só acordam no final da manhã, porque os ciclos de melatonina começam e terminam mais tarde do que os dos adultos. Além disso, os adolescentes têm o hábito de ficarem grudados nas telas de seus gadgets e, portanto, a hipótese que sejam os mais prejudicados na qualidade do sono parece um dado irrefutável.
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