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O histórico do relacionamento da sociedade com o tabaco pode nos dar uma ideia de como nos relacionaremos com outras drogas no futuro. É o que afirma o escritor e jornalista americano, Charles C. Mann, no artigo The long shadow line: History and the war on drugs, publicado nesta segunda-feira, 10, pelo jornal britânico The Independent.
Mann acredita que o modelo atual de comercialização e combate às drogas começou acidentalmente, há 400 anos, quando um homem chamado John Rolfe conseguiu sementes de tabaco no Caribe.
A guerra às drogas dos dias de hoje seria apenas uma evolução da guerra ao tabaco de séculos atrás. As tentativas de proibir o consumo e o comércio de drogas geraram violência, e fizeram dos traficantes uma ameaça à estabilidade política das regiões afetadas. Foi assim no Caribe do século XVII; é assim no México do século XXI.
Para Mann, o tabaco seguiu um ciclo de proibição, legalização e estigmatização social, até que saísse de moda. Ele acredita ainda que as novas abordagens propostas por alguns governos em relação à maconha sejam um sinal de que ela esteja passando para a segunda etapa, a da legalização.
Mas apesar da possível legalização, o autor sugere que a maconha acabará sofrendo com a desaprovação social e, a exemplo do tabaco, o seu uso acabará por diminuir.