POR QUE JORNALISTA DA GLOBO FOI ESFAQUEADO? GABRIEL LUIZ PODE TER SIDO VÍTIMA DE HOMOFOBIA OU DO PRÓPRIO TRABALHO
A Polícia Civil do Distrito Federal encontrou o celular do jornalista da TV Globo Gabriel Luiz, de 29 anos, esfaqueado por dois homens durante um ataque na noite de quinta-feira (14), no Sudoeste, em Brasília. A carteira do repórter foi encontrada no local do crime, mas o aparelho até então estava desaparecido.
Nesta sexta (15), o celular foi localizado por um morador da região, caído no chão. O homem repassou o aparelho a um investigador da Polícia Civil, que levou o objeto até a 3ª Delegacia de Polícia, no Cruzeiro, que investiga o crime. A corporação diz que não descarta nenhuma hipótese para o ataque.
Em nota, a secretaria de Segurança Pública do DF informou que “todos os órgãos de segurança estão empenhados na captura dos bandidos. A investigação está em curso e chegará a bom termo. Não descartamos nenhuma hipótese sobre as razões do ataque. Tudo vai ser esclarecido. Prestamos solidariedade ao Gabriel e sua família.”
Crime de ódio?
O repórter da TV Globo Brasília Gabriel Luiz e Silva de Araújo, 28 anos, passou por cirurgia no Hospital de Base do DF (HBDF). A coluna apurou que o quadro clínico do jornalista é grave, mas estável.
Durante a madrugada, os médicos trataram diversas lesões, que atingiram tórax, braços, mão, pernas e pescoço. Cirurgiões identificaram cerca de 10 perfurações. O ferimento que mais demandou atenção foi o do abdome, pois houve laceração nos rins e no pâncreas.
Veja imagens do crime:
Saiba mais
Após ser esfaqueado, próximo ao Pão de Açúcar do Sudoeste, na noite desta quinta-feira (14/4), o editor do telejornal DFTV Gabriel Luiz, 28 anos, correu até o prédio em que mora para pedir socorro. De acordo com a funcionária, que trabalha na portaria pela manhã e não quis ser identificada, o colega do turno anterior socorreu o jornalista, que chegou ensanguentado.
A reportagem esteve no prédio que Gabriel Luiz reside na manhã desta sexta-feira (15/4). O rastro de sangue ainda pode ser visto por quem passa no local. De acordo com vídeos do circuito de segurança, o jornalista correu cerca de 10m, após ser esfaqueado, foi recebido pelo porteiro do prédio, que ligou para o Corpo de Bombeiros para pedir socorro. O Correio tentou contato com o encarregado do prédio, o edifício Top Master, mas até a publicação da reportagem não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) detalhou que, ao chegar ao local, Gabriel estava debaixo de uma marquise, tentando conter o sangramento das perfurações no abdômen, no pescoço e na perna esquerda. “Devido à proximidade do Grupamento de Bombeiros do Sudoeste e o local do atendimento, os militares chegaram muito rápido, fato que reduziu consideravelmente a perda de volume sanguíneo”, explicou o CBMDF.
A equipe conteve o sangramento e levou o jornalista para o Hospital de Base, onde passou por cirurgias para estabilizar o quadro de saúde. Segundo a equipe médica, o estado de saúde dele é considerado estável. As intervenções cirúrgicas mais importantes foram feitas ao longo da madrugada. Agora cedo, os médicos fazem as cirurgias vasculares. A família não sabe dizer qual o motivo do ataque ao jornalista. O que sabem é que ele sofreu “um possível roubo com faca”. O crime é investigado pela polícia.
Investigações
Ao Correio, o delegado-chefe adjunto da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro Velho), Douglas Fernandes, explicou que a investigação não descarta nenhuma hipótese. “Nem a possibilidade de tentativa de homicídio nem de roubo está descartado. O celular dele não foi encontrado, mas ainda não descartamos nenhuma linha de investigação. Por enquanto, o que sabemos, é que há esses dois homens suspeitos”, explica o delegado.
O circuito de segurança de um dos prédios flagrou, por volta de 23h15, Gabriel caminhando na CCSW 4 do Sudoeste. Na sequência, aparecem dois homens seguindo o jornalista. O estado de saúde de Gabriel é grave, porém estável. Ele foi ferido, segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) no abdômen, no pescoço e na perna esquerda. Qualquer informação, a polícia pede para que a população acione o 197.
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