Fazendeiro alemão processa Volkswagen por mudança climática | Quatro Rodas
Na última sexta-feira (20) a justiça alemã questionou as alegações do fazendeiro Ulf Allhoff-Cramer de que a Volkswagen é parcialmente responsável pelos impactos que o aquecimento global está causando em seus negócios.
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Em suas alegações, o fazendeiro diz que o solo está mais seco por conta das mudanças climáticas e isso está prejudicando suas plantações, gado e florestas comerciais. Segundo ele, diversos outros agricultores também são atingidos com mais força e rapidez do que o esperado e que a VW, como segunda maior montadora do mundo, contribuiu para o dano.
Fábrica da Volkswagen em Wolfsburg, Alemanha Divulgação/Volkswagen
Na primeira audiência, o tribunal na cidade de Detmold pediu ao autor e seus advogados que fornecessem mais detalhes e provas para apoiar seus argumentos. O juiz também pediu esclarecimentos se o demandante já sofreu danos relacionados ao clima ou está apenas esperando que eles aconteçam. A próxima audiência está marcada para 9 de setembro.
O grupo ambientalista Greenpeace apoiou o caso e tem apoiado outros semelhantes na Alemanha para responsabilizar as empresas e o governo por essas mudanças climáticas. Alguns casos tiveram sucesso mas outros foram arquivados, enquanto um chegou ao tribunal superior da Alemanha e ordenou que o governo aumentasse seus esforços para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
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No caso de Allhoff-Cramer, o fazendeiro pede que a VW encerre sua produção de veículos com motor de combustão até 2030. Porém, as montadoras alemãs já rejeitaram solicitações semelhantes de grupos ambientalistas no passado.
Em comunicado, a Volkswagen disse que pretende reduzir suas emissões “tão rápido quanto os negócios permitirem”, porém estabeleceu o prazo até 2050 para reduzir as emissões de dióxido de carbono para zero.
Além disso, também afirmou que não pode enfrentar esse desafio sozinha, alegando que a transformação também depende da regulamentação do governo, desenvolvimento tecnológico e colaboração do comprador.
A empresa acrescentou que acredita que disputas em tribunais civis através de ações judiciais contra empresas individuais com essa finalidade não são o lugar nem o meio para fazer justiça para essa tarefa importante.
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