Confira a entrevista coletiva do auxiliar Emílio Faro após Náutico 2 x 3 Vasco
Substituto de Zé Ricardo na vitória do Vasco sobre o Náutico nesta terça-feira, em jogo válido pela 11ª rodada da Série B do Brasileirão, Emílio Faro citou o legado do treinador na primeira vitória da equipe fora de casa na competição. – Primeiro, gostaria de fazer uma menção a quem começou o processo do elenco, a forma de jogar, que foi o Zé Ricardo. Uma pessoa ímpar na postura, na forma de lidar com todo mundo.
Gostaria, primeiro, se mencioná-lo. Não sei se ele já está viajando, se está em casa, mas tomara que ele tenha assistido a um jogo da obra que ele iniciou – disse Emílio na coletiva. – Nós levamos dois dias de trabalho. Hoje o Vasco foi o treinador da partida, o Vasco é um time onde cheguei em dezembro e, hoje, está montado dentro de uma série de processos que facilitam todo o trabalho. Os jogadores hoje estão totalmente comprometidos com o trabalho do Vasco.
Mediante a isso, fui representar todos esses processos, dando sequência a tudo aquilo que o Zé Ricardo vinha fazendo – completou ele. “Hoje eu digo que, se o Vasco conseguiu depois de muito tempo vencer fora de casa, depois de um bom tempo sem conseguir fazer mais de dois gols, conseguimos uma série de situações justamente porque o processo facilitou”, concluiu.
O Vasco ainda busca um nome para assumir o lugar deixado por Zé Ricardo. Perguntado sobre a possibilidade de assumir o comando do Vasco de maneira definitiva, Emílio foi taxativo: – No Vasco, hoje, fui contratado para ser auxiliar técnico permanente – afirmou ele. – Qual é a função do auxiliar técnico permanente? Municiar o treinador que está presente de todas as situações que ele indicar. E, em caso de uma não permanência, uma saída do treinador, por cartão, estar disponível para representar o Vasco da Gama à beira do campo. Hoje eu não fiz nada além da função para qual fui contratado – acrescentou ele.
Veja mais da coletiva de Emílio Faro:
Elenco com jovens e experientes O grande segredo é o equilíbrio. Hoje temos jogadores experientes, não só o Nenê, como o Gabriel Dias, o Anderson, o Edimar. E temos os jovens. Essa é a grande receita, jogadores experientes com jogadores jovens. Com o tempo, eles vão criando uma situação de interdependência, eles têm que usar o que têm de melhor. No caso dos jovens, o ímpeto. E dos experientes, a estrada rodada.
Avaliação da partida O futebol é escrito de trás para frente. Acabou o jogo, vencemos. Vamos rever esse jogo diversas vezes, achar pontos positivos e negativos, vamos reforçar para os atletas e corrigir para a frente de acordo com a chegada do novo comandante. Ou de acordo com a situação de postergar (minha permanência) um pouquinho mais. O que é plástico? Que a partir do momento que vence, cria toda uma narrativa de coisas positivas. Eu mexi na equipe, nós tomamos dois gols. Se a coisa não tivesse andado bem, a narrativa poderia ser outra. Só que está tão consolidado com os atletas, que entendem a situação dentro do jogo, que a gente conseguiu sair com o resultado positivo.
Jogo contra o Cruzeiro O futebol tem uma máxima que diz: após uma partida, a gente tem até meia-noite para usufruir. Depois de meia-noite, começa a pensar no próximo jogo. No momento, diante de uma situação tão repentina, vamos usufruir até meia-noite desse resultado fora de casa, usufruis com o maior prazer possível. A partir de amanhã a gente começa a pensar nisso tudo.
Torcida do Vasco A torcida do Vasco é tão grande que é difícil a gente fazer um jogo fora de casa. Onde a gente vai ela está presente. A torcida pode ter certeza que ela vai a vários estádios no Brasil e vai ser representada por esse grupo da melhor forma possível. Saindo desse jogo, numa turbulência dessa, qualquer certeza vai ser provisória.
Escalação para o próximo jogo A gente volta aos processos. Iremos voltar a ver essa partida no mínimo duas vezes, ver todos os detalhes sem sofrer com o calor da emoção. E só aí vamos construir uma nossa equipe, as possibilidades dentro do que a gente observar serão múltiplas.
Fonte: ge