Lei Reconhece Bordado do Seridó como Patrimônio Imaterial e Artístico do Rio Grande do Norte

Fonte: Notícias do Seridó

Lei Reconhece Bordado do Seridó como Patrimônio Imaterial e Artístico do Rio Grande do Norte

O bordado do Seridó, arte tradicional e centenária, foi oficialmente reconhecido como patrimônio cultural, imaterial e artístico do Rio Grande do Norte, graças a uma lei sancionada pelo governo estadual e publicada no Diário Oficial em 23 de janeiro de 2025. Esse reconhecimento é um marco importante para a preservação de uma das expressões culturais mais significativas da região, que tem sido transmitida de geração em geração, especialmente nas cidades do Seridó, como Timbaúba dos Batistas.

Nos últimos anos, o bordado do Seridó ganhou destaque nacional, especialmente após ser utilizado em eventos de grande visibilidade. Um exemplo notável foi o vestido de casamento de Rosangela Silva, conhecida como Janja, esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que usou a arte nos detalhes de sua roupa. Além disso, o bordado também marcou presença nas Olimpíadas de Paris, compondo os uniformes da delegação brasileira, o que ajudou a projetar ainda mais o trabalho das bordadeiras potiguares.

Em Timbaúba dos Batistas, um município com cerca de 2,3 mil habitantes, o bordado representa uma parte significativa da economia local. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do RN (Sebrae-RN), cerca de um terço da população da cidade tem o bordado como atividade profissional. A arte é tão valorizada que, recentemente, os produtos bordados da região receberam um selo de indicação geográfica pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o que atesta a sua autenticidade e vínculo com a cultura local.

Além disso, outra lei sancionada pelo governo do RN instituiu o Dia Estadual da Rendeira, a ser comemorado anualmente no dia 13 de abril. A data celebrará as mulheres que mantêm viva essa tradição artesanal e a importância do bordado para a identidade cultural do estado.

O reconhecimento oficial do bordado do Seridó como patrimônio imaterial e artístico reforça o valor da cultura local e garante sua preservação e valorização para as futuras gerações.

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