Com alta de síndromes respiratórias, Saúde da Paraíba determina ampliação de leitos pediátricos
O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), determinou a ampliação imediata de leitos pediátricos em hospitais da Paraíba. A medida, publicada em portaria no Diário Oficial desta terça-feira (10), é uma resposta ao aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado.
O governo paraibano está reforçando a rede hospitalar para enfrentar a sazonalidade de vírus respiratórios. Os grupos mais afetados são crianças e idosos, justamente os que têm menor adesão à vacina contra a gripe.
De janeiro até o início de junho, a Paraíba registrou 2.036 casos de síndrome respiratória aguda grave, segundo a Vigilância em Saúde da Paraíba. Desses, 137 foram causados por Influenza, 157 por Covid-19, 107 por Vírus Sincicial Respiratório, 175 por Rinovírus e 117 por outros vírus; outros 972 casos seguem sem identificação de agente viral.
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O secretário de Saúde, Ari Reis, afirmou que os casos de síndromes respiratórias vêm aumentando desde abril e que o estado já investiu cerca de R$ 6 milhões na abertura de mais de 100 leitos de enfermaria e 46 de UTI pediátrica.
“Vamos intensificar ainda mais as medidas, seja na nossa rede, com a abertura ainda nesta semana de leitos de enfermaria nos hospitais de Cajazeiras, Catolé do Rocha e Pombal e de leitos de terapia intensiva em Sousa, Patos, Campina Grande e João Pessoa. ”, disse. O novo reforço vai custar mais R$ 3 milhões.
Conforme a SES, até 9 de junho foram confirmados 92 óbitos por SRAG com vírus identificado na Paraíba — 49 por Covid-19, 15 por Influenza e 28 por outros vírus respiratórios. Entre essas mortes, 9 eram de crianças de até quatro anos e 22 de idosos acima de 60 anos.
Para ampliar a proteção, o programa Vacina Mais Paraíba passa a pagar R$ 1.000 por sala de vacinação que atingir 90% de cobertura, em vez dos R$ 500 anteriores. A campanha contra a influenza, prorrogada até 31 de julho, e até o momento, registra apenas a cobertura de 35,69% entre crianças e 37,92% entre idosos, segundo dados da Secretaria.
A SES orienta que casos leves de gripe sejam atendidos nas Unidades Básicas de Saúde. Sintomas como febre alta persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito ou recusa alimentar exigem atendimento médico imediato.