PIB de Santa Catarina acelera e cresce 6,9% em 12 meses
Foto: Marco Favero / Arquivo / SECOM
Estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina apontam um crescimento de 6,9% nos últimos 12 meses encerrados em março. O resultado representa uma aceleração frente aos 5,4% registrados até dezembro de 2024. As projeções do PIB foram feitas pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) com base em um painel com mais de 28 indicadores da economia estadual e nacional e representam uma prévia do desempenho nacional, já que os dados oficiais são divulgados com dois anos de atraso.
O resultado posiciona SC no topo do ranking do crescimento dos estados no período. O desempenho supera a média de crescimento nacional, que passou de 3,4% para 3,5%, segundo as estimativas.
“A economia de Santa Catarina é forte e dinâmica. E o Governo do Estado tem feito o seu papel, sem aumentar impostos e oferecendo incentivos pra atrair mais empresas e segurança para a expansão das que já estão aqui. Tudo isso permite que o perfil empreendedor dos catarinenses desempenhe todo seu potencial. E faz com que Santa Catarina seja essa potência nacional no crescimento econômico”, afirma o governador Jorginho Mello.
“Nosso compromisso é o desenvolvimento do estado. O crescimento acelerado que observamos hoje é um reflexo das políticas públicas que têm sido implementadas pelo governador Jorginho Mello. As ações e programas do Governo tornam o nosso estado mais dinâmico economicamente e mais resiliente, mesmo diante das adversidades no cenário nacional e internacional”, complementou o secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira.
Fatores estruturais robustos
O economista da Diretoria de Políticas Públicas da Seplan, Paulo Zoldan, pontua que a expansão da economia catarinense tem sido sustentada por fatores estruturais. “Temos um desenvolvimento econômico difuso, uma indústria diversificada e competitiva e um setor de serviços sofisticado. A qualidade de vida, a segurança pública e as paisagens cênicas seguem atraindo investimentos”, afirmou Zoldan.
O Boletim de Indicadores Econômicos-Fiscais foi publicado nesta quarta-feira, 18, pela Seplan. O boletim foi elaborado pelo economista Paulo Zoldan e faz uma análise da conjuntura internacional, brasileira e estadual. Ele pontua, por exemplo, que Santa Catarina tem a menor taxa de desemprego do país (3%), enquanto a média nacional é de 7%. Somente nos quatro primeiros meses do corrente ano, a economia estadual gerou 74.671 postos formais de trabalho, puxados principalmente pela Indústria de transformação e pelos Serviços.
:: Acesse o Boletim de Indicadores Econômicos-Fiscais de junho elaborado pela Seplan
O bom desempenho catarinense também se reflete no setor externo. As exportações do estado cresceram 3,7% nos últimos 12 meses encerrados em abril, atingindo US$11,9 bilhões. Cabe ressaltar que o crescimento, apesar de bastante positivo, foi limitado pela queda das vendas para a China e para os Estados Unidos, os principais parceiros comerciais do estado. Em 2024, as exportações catarinenses registraram o segundo maior valor da série histórica iniciada em 2010.
Setores em perspectiva
O crescimento do PIB estadual foi puxado pelo setor da Indústria e dos Serviços, além de ser influenciado pela expressiva alta da Agropecuária. Essas evidências estão identificadas no boletim publicado pela Seplan em junho, conforme análises do economista Paulo Zoldan.
A Indústria total de Santa Catarina cresceu robustos 8% nos 12 meses encerrados em março, puxada pelo segmento da transformação, que cresceu 9,4%. Os subsegmentos que registraram os maiores crescimentos foram os de Máquinas e equipamentos e de Máquinas e aparelhos elétricos. Paulo Zoldan evidencia, ainda, o impulsionamento da Produção de têxteis e de Artigos do vestuário e acessórios. O aumento da renda impulsionou o consumo de Produtos alimentícios e de bebidas, que por sua vez impulsionou os segmentos de Embalagens. Já a retomada da Construção civil e da Indústria automobilística impactou os segmentos produtivos locais, como minerais não metálicos, autopeças e metalúrgico.
O setor de Serviços cresceu 6%. Zoldan pontua que o desempenho foi alavancado pelas condições gerais da economia, que demandam diversos serviços relacionados, especialmente pelo dinamismo da indústria e do comércio. As atividades de maior crescimento foram dos Transportes (+9%), Alojamentos e alimentação (+8,2%), Serviços prestados à família (+8%), e do Comércio (7,7%), este o maior segmento do setor de Serviços.
O setor Agrícola voltou a crescer em 2025 em Santa Catarina. Com base nos dados divulgados até março, o índice de quantum da agricultura teve alta de 17,8%, influenciado principalmente pelo avanço na produção de soja, milho, arroz, feijão, fumo e cebola. Com base nas análises do CEPA/EPAGRI, essa recuperação se deveu à combinação de fatores favoráveis, tais como as boas condições climáticas e o aumento da área cultivada e da produtividade. A produção pecuária, por sua vez, cresceu 2,2% em 2025, em comparação com o ano anterior, crescimento registrado, também, na produção de frangos.
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Micheline Krause – Especialista em comunicação Fapesc/Seplan
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