Confira como foi o desempenho dos judocas do Pinheiros no Mundial de Budapeste

Nauana Silva Silva teve o melhor desempenho; Beatriz Freitas venceu medalhista de bronze do último mundial

Terminou nesta sexta-feira, dia 20, o Campeonato Mundial Sênior de Judô, realizado em Budapeste, na Hungria. O Esporte Clube Pinheiros estava sendo representado por cinco judocas, que defendiam o Time Brasil: Rafael Buzacarini, Beatriz Souza, Nauana Silva, Beatriz Freitas e Ronald Lima entraram no tatame em busca de medalhas. 

Nauana e Beatriz Freitas tiveram resultados importantes. A primeira, em sua trajetória, venceu até então a atual campeã mundial, a holandesa Joanne Van Liechout e teve o melhor desempenho entre os pinheirenses, terminando na quinta colocação. Já Beatriz Freitas, estreante em mundiais sênior, venceu Emma Reid, que havia conquistado a medalha de bronze no mundial de Abu Dhabi em 2024. 

Na disputa por equipes mistas, o Brasil terminou na quinta colocação. Na primeira luta, venceu o Cazaquistão por 4×0, com participação de Nauana Silva, Beatriz Freitas e Rafael Buzacarini. Na sequência, o Brasil perdeu para a Alemanha por 4×3, com as participações de Beatriz Souza e Buzacarini. Bia venceu seu combate contra Samira Bouizgarne, enquanto Buzacarini foi superado no golden score por Losseni Koni. Depois, o Brasil voltou a vencer, desta vez, a França, por 4×1. Bia entrou no tatame e venceu sua luta, diante de Julia Tolofua. Na repescagem, a equipe brasileira perdeu para o Japão por 4×0, neste confronto, Bia entrou no tatame e acabou sendo vencida.

Equipe mista do Brasil. Foto: Tamara Kulumbegashvili/IJF

Confira como foi a trajetória individual de cada atleta do ECP

 

Rafael Buzacarini (+100kg) Pela primeira vez disputando um mundial em nova categoria (pesado), Buzacarini fez um combate disputado e, no golden score, acabou sendo projetado pelo russo Tamerlan Bashaev, com um Waza-ari.

Foto: Di Feliciantonio Emanuele/IJF

Beatriz Souza (+78kg) Detentora de três medalhas em campeonatos mundiais, Prata em Tashkent (2022) e bronze em 2023 (Doha) e Budapeste (2021), Bia Souza disputou seu primeiro campeonato mundial sênior como atual campeã Olímpica. A judoca venceu a primeira luta, diante da angolana Crislayn Rodrigues no golden score. Na sequência, Bia foi derrotada pela croata Helena Vukovic, em confronto válido pelas oitavas de finais, e foi eliminada da competição.  

Beatriz Souza. Di Feliciantonio Emanuele/IJF

Nauana Silva (-63kg) teve um ótimo desempenho e por pouco não entrou na disputa por medalhas, terminando a competição na quinta colocação. Na estreia venceu a norte coreana Ji Hye Kim. Depois, bateu a atual campeã mundial, a holandesa Joanne Van Liechout. Nas quartas de finais, aplicou um waza-ari para vencer a húngara Szabina Gerczak. Nas semifinais, sofreu o revés para a japonesa Haruka Kaju, que aplicou um ippon. Na disputa pelo bronze, foi derrotada pela atleta do Kosovo, Laura Fazliu. 

Nauana (Azul) contra PRK KIM. Foto: Di Feliciantonio Emanuele/IJF

Beatriz Freitas (-78kg) ficou na sétima colocação. Na estreia venceu a indiana Ishroop Narang e na sequência a britânica Emma Reid, que conquistou a medalha de bronze no último mundial. Depois, Beatriz sofreu um yuko da eslovena Metka Lobnik. Na repescagem, um novo revés impossibilitou a disputa pela medalha de bronze, desta vez pela japonesa Zhenzhao Ma. Com a sétima colocação no Mundial, Beatriz Freitas soma mais 520 pontos no ranking e entra para o top 20 de judocas.  

Beatriz Freitas (Azul). Foto:Kulumbegashvili Tamara/IJF

  

Ronald Lima (-66kg) foi eliminado na primeira luta, quando projetado pelo Azeri Ruslan Paschayev. Estreante em Mundiais, o judoca pinheirense saiu de cabeça erguida. ““Eu estava muito preparado fisicamente e mentalmente. Fiquei feliz com minha preparação, senti que cheguei aqui forte e bem, mas tive um deslize ali e acabei perdendo. Mas, fico contente com minha evolução. Por ser meu primeiro Mundial, não senti tanta pressão e isso me dá força para seguir para os próximos”, comentou, para a CBJ.

Ronald Lima (Azul). Foto: Di Feliciantonio Emanuele/IJF