Eventos do BRICS 2025 devem impactar a economia da cidade do Rio em R$ 70 milhões, diz estudo – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Todos os eventos do BRICS, incluindo a Cúpula de Chefes de Estado, que ocorre no Rio de Janeiro nos dias 06 e 07/07, devem movimentar a economia carioca em cerca de R$ 70 milhões (R$ 69,1 milhões), segundo estimativa da Prefeitura do Rio. É o que mostra a publicação “BRICS em Dados”, estudo elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pelo Instituto Fundação João Goulart e pela Coordenadoria de Relações Internacionais da cidade do Rio.
“A realização da Cúpula do BRICS 2025 no Rio de Janeiro é mais uma grande oportunidade para reforçarmos a posição da nossa cidade como um centro global de diplomacia, negócios e inovação. Um evento dessa magnitude impulsiona setores estratégicos como turismo, infraestrutura e serviços, gerando empregos e desenvolvimento. Ao sediar debates fundamentais sobre saúde global, comércio, investimento, finanças, mudanças climáticas, governança da inteligência artificial, segurança internacional e a própria evolução institucional do BRICS, o Rio se consolida, com orgulho, como a verdadeira Capital do Sul Global”, diz o prefeito Eduardo Paes.
O estudo leva em consideração a movimentação de aproximadamente 10 mil participantes estrangeiros em todos os eventos na cidade ao longo deste semestre:
– Reunião de Sherpas (23 a 27 de abril);
– Reunião de Ministros das Relações Exteriores (28 e 29 de abril);
– Reunião de Sherpas (30 de junho a 5 de julho);
– Encontro de Negócios WBA BRICS (4 de julho);
– Fórum Empresarial do BRICS (5 de julho);
– Encontro dos Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais dos países do grupo (4 de julho)
– Encontro dos Governadores do Board do New Development Bank (5 de julho);
– Cúpula dos Chefes de Estado do BRICS (6 e 7 de julho) .
A estimativa mostra a expectativa de gastos de representantes das comitivas, com participantes internacionais na cidade para o evento, com hospedagem, transporte, alimentação, entre outros gastos ligados direta ou indiretamente ao evento.
“Tem sido muito relevante para a economia carioca trazermos eventos da magnitude do BRICS, que coloca o Rio no centro do debate de importantes temas globais e impulsiona a nossa economia, baseada fortemente em serviços. Temos estrutura e vocação para receber visitantes, seja para eventos de negócio ou cultura, gerando oportunidades e renda para quem mora aqui”, avalia Osmar Lima, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico do Rio.
Na estudo, o gasto dos visitantes com alojamento, alimentação e transporte foi mensurado diretamente. No entanto, essas atividades geram demandas adicionais em outras atividades como fornecimento de alimentos, serviços de limpeza, logística e manutenção, que não foram contabilizadas. Com isso sem esses efeitos indiretos, os valores estimados no presente estudo subestimam o impacto econômico total, que poderia ser significativamente maior. Além disso, a análise não inclui gastos com passagens aéreas de visitantes internacionais.
O Rio e os países do BRICS
O PIB per capita da cidade do Rio (US$ 9,9 mil) é maior do que o PIB per capita da maioria dos países do grupo do BRICS. Por exemplo, o PIB per capita carioca é quase cinco vezes maior do que da Índia e aproximadamente três vezes superior ao do Irã. E mais de duas vezes do Egito e da Indonésia. Também é 42% maior do que o da África do Sul e 24% maior do que o do próprio Brasil. Já em relação à Rússia, o PIB per capita do Rio é 21% menor e 24% menor do que da China.
A população total dos onze países que compõem o grupo do BRICS é de 3,9 bilhões de pessoas, 622,6 vezes a população do Rio, que é de 6,2 milhões de pessoas. A população da Índia, por exemplo, é 232,1 vezes maior do que a do Rio, e a da China, 226,7 vezes maior. Já a população dos Emirados Árabes é pouco maior do que a do Rio, sendo apenas 1,8 vezes.