o elo mais frágil da segurança digital ainda somos nós
No mundo digital, nada passa despercebido. Cada clique, acesso ou cadastro deixa um rastro. Mas, ainda assim, muitas pessoas agem como se estivessem navegando em um ambiente invisível e imune a riscos. Essa percepção equivocada é exatamente o que alimenta um dos maiores perigos da internet hoje: o Ataque Hacker.
Esse tipo de ataque cibernético só existe — e cresce — por um motivo muito claro: vulnerabilidades humanas e técnicas. Por mais que existam sistemas de segurança e ferramentas de proteção, nada é eficaz se as pessoas não cuidarem das suas senhas, acessos e comportamentos online.
A fragilidade não está apenas nos sistemas. Está nas senhas fracas e repetidas, nos aplicativos desbloqueados, nos celulares sem proteção, e, principalmente, nas decisões humanas que abrem brechas para a entrada de criminosos. E aqui, precisamos ser diretos: os prejudicados somos nós, mas muitas vezes quem ajuda a abrir a porta são funcionários desatentos ou mal-intencionados que compartilham logins e acessos internos.
Ataques digitais não acontecem do nada. Eles exploram falhas que nós mesmos deixamos expostas. Isso inclui:
- Usar a mesma senha em vários sites
- Esquecer de ativar autenticação em duas etapas
- Confiar informações sensíveis a qualquer pessoa ou sistema
- Clicar em links ou anexos duvidosos sem verificação
Sim, o mundo digital não é 100% seguro — nenhum ambiente é. Mas boa parte dos riscos que enfrentamos online poderiam ser drasticamente reduzidos com atitudes simples e conscientes.
Por isso, se há algo urgente hoje é educar pessoas e empresas sobre segurança digital básica. Isso vai muito além de softwares. Envolve cultura, rotina e responsabilidade.
No fim das contas, a tecnologia até tenta proteger. Mas o elo mais frágil ainda somos nós.
* Jeoás Farias é jornalista e consultor digital