Enfraquecido, PSDB deve perder bancada na Paraíba em 2026, afirma deputado
Não é novidade para ninguém que o PSDB, desde meados da década passada, vive momentos conturbados, o que tem diminuído o peso do partido em nível nacional.
Na Paraíba, o cenário não é muito diferente. Apesar de ter conseguido eleger três deputados para a atual legislatura na Assembleia Legislativa, os integrantes da sigla temem que o desempenho não se repita — ou sequer melhore — no próximo ano.
Muito por isso, a bancada tucana deve bater em retirada do ninho. Pelo menos é o que acredita o deputado Tovar Correia Lima, uma das principais figuras do partido nos últimos anos, que já admitiu que, além dele, outros parlamentares também devem deixar a legenda.
— O PSDB está minguando. O partido precisa urgentemente se reencontrar. Se isso não acontecer, ele vai, naturalmente, deixar de existir. Diante disso, é natural que eu e outros deputados do PSDB aqui da Paraíba migremos para outra legenda. Não é uma questão de abandono, é uma constatação — afirmou.
A debandada, porém, não deve ser imediata. Para que a saída do partido ocorra sem risco de sanções por infidelidade partidária, é necessário que os parlamentares obtenham uma carta de anuência ou aguardem a próxima janela partidária, em abril do ano que vem.
Até 2022, de acordo com a regra da cláusula de barreira, para um partido continuar existindo de forma saudável, era necessário eleger pelo menos 11 deputados federais distribuídos em nove estados diferentes ou obter, no mínimo, 2% dos votos válidos para a Câmara Federal em todo o país, também distribuídos em pelo menos nove estados, com pelo menos 1% em cada um.
Para o próximo ano, no entanto, a cláusula ficará mais rígida: será necessário eleger 13 deputados federais distribuídos por nove estados ou alcançar 2,5% dos votos válidos, com desempenho mínimo também em várias unidades da federação.
No cenário atual, em que os tucanos estão “à deriva” desde a saída do Cidadania da Federação firmada em 2022, a preocupação de Tovar e dos demais parlamentares é mais do que justificável.
Texto: Pedro Pereira