Após ‘fogo amigo’ no Republicanos, vereadora fecha as portas para suplente na Câmara de Campina

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Desde o fim das eleições para a Câmara Municipal de Campina Grande, em 2024, uma movimentação interna no partido Republicanos chamou a atenção.

A médica Tatiana Medeiros, primeira suplente da legenda, entrou com uma ação solicitando a cassação do diploma da vereadora Aninha Cardoso, alegando que ela não havia se desincompatibilizado do cargo público que exercia dentro do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral. Um verdadeiro “fogo amigo”.

Na semana passada, por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) seguiu o parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral e arquivou os recursos contra a parlamentar.

O assunto, porém, parece ainda não estar encerrado.

Durante a sessão desta quarta-feira (23), em fala à imprensa, a vereadora classificou a movimentação da médica como, em suas palavras, “uma traição”. Afirmou ainda que, a depender dela, as portas para que a suplente assuma o cargo estão fechadas.

“Eu considero uma traição. Acho que ela não precisava disso. O Republicanos sempre foi um partido aberto à possibilidade de suplentes assumirem. Ela fechou essa porta. Por ser do partido, acredito que havia essa possibilidade, mas, infelizmente, hoje não vejo mais como isso acontecer”, afirmou.

À época da ação, o movimento não foi bem digerido pelo diretório municipal do Republicanos. Naquele momento o presidente da sigla em Campina, o deputado federal Murilo Galdino, não descartou a possibilidade de serem aplicadas sanções à Tatiana, que já garantiu que recorrerà da decisão à terceira instância.

Mesmo que as sanções não aconteçam, o partido, no mínimo, precisa tomar uma posição para impedir que a crise se alastre ainda mais.

Texto: Pedro Pereira