Taxa de desemprego no Brasil cai para 5,8%, a menor já registrada
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025. É o menor índice já registrado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado foi divulgado nesta quinta-feira (31) e considera os meses de abril, maio e junho. A série histórica do levantamento teve início em 2012.
Por que a taxa de desemprego está baixa?
No trimestre encerrado em junho, o Brasil contabilizou 102,3 milhões de pessoas ocupadas. Ao mesmo tempo, o número de desocupados caiu para 6,3 milhões, uma redução de 17,4% em relação ao trimestre anterior, o equivalente a 1,3 milhão de pessoas a menos em busca de trabalho.
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No comparativo com os trimestres anteriores, o índice segue em queda: era de 7% no primeiro trimestre de 2025 e 6,9% no segundo trimestre de 2024. A menor taxa registrada até então era de 6,1% em novembro de 2024.
Número de empregos com carteira assinada atinge recorde
Segundo o IBGE, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões. Esse é o maior volume já apurado pelo instituto e representa uma alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior.
A quantidade de trabalhadores sem carteira também subiu, chegando a 13,5 milhões, um crescimento de 2,6% no mesmo período.
A pesquisa considera todas as formas de ocupação: com ou sem carteira assinada, por conta própria e trabalho temporário. Somente são consideradas desocupadas as pessoas que estão efetivamente à procura de emprego.
Outro ponto destacado na pesquisa foi a queda na taxa de informalidade, que ficou em 37,8% da população ocupada. Esse é o menor índice desde o segundo trimestre de 2020, quando o indicador estava em 36,6%.
O IBGE considera informais os trabalhadores sem carteira assinada, além de autônomos e empregadores que não possuem CNPJ. Essas pessoas não têm acesso a direitos como férias, 13º salário e seguro-desemprego.
Além disso, o número de pessoas desalentadas, que desistiram de procurar emprego por não acreditarem que vão conseguir uma vaga, também caiu. No segundo trimestre, esse grupo chegou a 2,8 milhões de pessoas, o menor patamar desde 2016.
Renda do trabalhador bate novo recorde
O aquecimento do mercado de trabalho também impactou o bolso. O rendimento médio mensal do trabalhador chegou a R$ 3.477, o valor mais alto da série histórica.
Esse rendimento representa uma alta de 1,1% em relação ao primeiro trimestre de 2025 e de 3,3% na comparação com o mesmo período de 2024.
Com mais pessoas empregadas e ganhos maiores, a massa de rendimentos – soma total dos salários dos trabalhadores – chegou a R$ 351,2 bilhões, novo recorde. O valor é 5,9% maior do que no mesmo trimestre de 2024.
Essa edição da Pnad é a primeira a usar dados ajustados com base no Censo Demográfico de 2022. A atualização serve para garantir que a amostra represente melhor a realidade da população brasileira.
No total, a pesquisa visitou 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal, apurando dados de pessoas com 14 anos ou mais.
*com informações de Agência Brasil