Placas alertam sobre risco de atropelamento de peixes-bois na orla de Cabedelo

Placas de sinalização alertam sobre risco de atropelamento de peixes-bois na orla de Cabedelo. Reprodução/Semam Cabedelo

Quatro placas de sinalização foram instaladas na orla de Cabedelo, na Grande João Pessoa, para alertar e sensibilizar a população sobre o risco de atropelamento de peixes-bois-marinhos na região. A ação aconteceu na última terça-feira (12).

A instalação das placas foi realizada pelo Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho (PVPBM), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Cabedelo (Semam). Segundo os organizadores, o objetivo é conscientizar sobre o perigo do uso de embarcações motorizadas em áreas de ocorrência da espécie. As hélices desses veículos podem causar ferimentos graves nos animais.

Placas de sinalização alertam sobre risco de atropelamento de peixes-bois na orla de Cabedelo. Reprodução/Seman Cabedelo

Em fevereiro deste ano, o filhote de peixe-boi conhecido como Favo ficou seriamente ferido após ser atingido por uma embarcação. Ele sofreu lesões significativas em diversos pontos do corpo e precisou passar por um protocolo de tratamento específico, com acompanhamento veterinário intensivo e administração de medicamentos tópicos para acelerar a cicatrização das feridas.

Durante sua recuperação, o filhote de peixe-boi foi protagonista de um fato inédito no Brasil: ele foi recentemente registrado mamando na mãe, Mel. Foi o primeiro registro subaquático de um peixe-boi-marinho mamando em vida livre no território brasileiro. Ele se recuperou totalmente dos ferimentos em junho deste ano.

O que fazer ao encontrar um peixe-boi-marinho?

De acordo com o projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho, antes de ligar o motor de barcos, lanchas ou jet skis, os condutores devem observar a área e verificar se há peixes-bois por perto. A recomendação é só acionar o motor quando houver certeza de que o local está livre.

Se já estiver navegando, a orientação é reduzir a velocidade ou desligar o motor para evitar colisões.

Além disso, não se deve tocar nem alimentar os animais. Segundo o projeto, a prática pode comprometer a adaptação do peixe-boi à vida selvagem e oferecer riscos à saúde animal.

Em casos de animais machucados, encalhados ou em situação de perigo, o contato deve ser feito com a equipe do projeto pelos telefones: (83) 99961-1338 / (83) 99961-1352 / (79) 99130-0016.