Presídio de Maravilha economiza 500 mil litros de água em quatro anos com reutilização da água da chuva
Foto: Divulgação/Sejuri
Em tempos de desafios hídricos, o Presídio Regional de Maravilha se destaca por uma solução simples, eficiente e sustentável: a reutilização da água da chuva. Ao captar e reaproveitar esse recurso natural para as descargas dos banheiros e para limpeza externa, como calçadas e viaturas, a unidade já economizou cerca de meio milhão de litros de água potável nos últimos quatro anos — uma ação que reduz custos, alivia o sistema público de abastecimento e inspira práticas ambientais em ambientes inesperados.
A secretária de Justiça e Reintegração Social, Daniele Amorim, ressalta a importância da iniciativa. “Esse projeto mostra que é possível unir responsabilidade ambiental e eficiência na gestão prisional. A economia de água no Presídio de Maravilha é um exemplo de como soluções simples podem gerar grande impacto, beneficiando tanto a unidade quanto a comunidade.”
Com aproximadamente 170 pessoas privadas de liberdade, o presídio registra mais de 500 descargas diárias, quase todas abastecidas pela água reaproveitada, o que representa uma economia mensal de aproximadamente 92 mil litros de água.
A iniciativa surgiu durante um período de estiagem na cidade e se mostrou fundamental para a gestão eficiente dos recursos hídricos da unidade. “Nós temos dois sistemas de encanamento. Um sistema leva água tratada para os chuveiros e para o consumo, e o outro, abastecido pela água da chuva captada nos telhados da unidade e até em um barracão vizinho, alimenta as descargas dos banheiros e a limpeza externa,” explica o diretor do presídio, Marcelo Rodrigo Langaro.
As caixas de captação, que comportam cerca de 40 mil litros, enchem com as chuvas e acionam o sistema para usar essa água, reduzindo o consumo da rede pública. “Nas épocas de seca, quando o abastecimento de água é mais difícil, fazemos o reabastecimento dessas caixas com caminhões-pipa, usando água não potável, mas adequada para as descargas e limpeza,” acrescenta Langaro.
Além de reduzir custos operacionais, o projeto reforça o compromisso ambiental do presídio, diminuindo a pressão sobre o abastecimento público e promovendo o uso consciente dos recursos naturais em um ambiente desafiador.