Queiroga viaja a Brasília para acompanhar julgamento de Bolsonaro e faz críticas a processo

Bolsonaro e Queiroga durante campanha em 2024. Felipe Nunes

O presidente estadual do PL, Marcelo Queiroga, viajou a Brasília para acompanhar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começou nesta terça-feira (02) no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro e outros 7 são julgado pela acusação de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O ex-ministro da saúde viajou a Brasília na madrugada de hoje e vai acompanhar com aliados de Bolsonaro o curso do julgamento ao longo da semana. Nas redes sociais, ele criticou o processo e chamou o julgamento de “vingança” contra o ex-presidente.

Ao Jornal da Paraíba, Queiroga disse que não espera novidades para o desfecho do julgamento já que, na avaliação dele, a decisão já está tomada pelos ministros que vão julgar Bolsonaro.

Entre os pontos criticados está a competência da 1ª Turma e do próprio Supremo para decidir sobre o caso. Segundo os bolsonaristas, isso diminui a possibilidade de recursos à Justiça. “Continuaremos na defesa do legado do ex-presidente”, disse Queiroga.

Aliados também criticam restrições e medidas cautelares impostas a Bolsonaro antes da condenação. Eles também protestam contra a postura do relator e de outros ministros na condução do processo.

O deputado federal Cabo Gilberto, presidente do PL em João Pessoa, também está em Brasília. Ele deve participar de mobilizações de parlamentares bolsonaristas em defesa do ex-presidente.

Moraes discursa antes do julgamento

A primeira sessão aconteceu nesta manhã. O ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, iniciou com a leitura do relatório com os principais pontos da ação penal. Antes, ele fez um discuso sobre o momento político do país e rebateu críticas quanto a celeridade do processo.

“Nesses momentos, a história nos ensina que a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação”, disse Moraes.

Em seguida, foi a vez de o procurador-geral da República, Paulo Gonet, falar. Ele defendeu que, mesmo não havendo um documento assinado, a reunião entre Bolsonaro e a então cúpula militar, investigada no processo, já configura um golpe em curso.