A direita paraibana já começou a traçou estratégias para as eleições de 2026 sem uma possível presença física do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por “tentativa de golpe de Estado”.
Nos bastidores, a leitura é que o julgamento, embora inabilite politicamente Bolsonaro, levando-o provavelmente à prisão, tende a vitimizar sua figura e a funcionar como fator aglutinador em torno dos candidatos apoiados por ele.
Dirigentes do PL criticam o julgamento. Avaliam que, além do rigor da pena, houve ingrediente político na atuação do ministro Alexandre de Moraes.
A estratégia na Paraíba inclui usar imagens e discursos gravados de Bolsonaro no estado para sensibilizar o eleitorado. Fontes do partido afirmam que a ausência do ex-presidente nas ruas não deve prejudicar a campanha, sustentando que haverá um “sentimento” de solidariedade no eleitor.
Na Paraíba, o grupo deve ter como representantes o senador Efraim Filho (União), pré-candidato ao Governo do Estado, e o ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga (PL). Ambos saíram em defesa de Bolsonaro após a condenação.
No âmbito nacional, outros caciques do partido devem conduzir o eleitorado, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL), cotado para disputar a Presidência, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, também lembrada para 2026.
Antes das eleições, o partido deve trabalhar em prol de uma anistia ampla no Congresso Nacional. Já na campanha, o foco será reforçar as candidaturas ao Senado, com o discurso encampado por bolsonaristas de resgate da estabilidade institucional.