Alunos do IFSP conquistam destaque em congresso nacional pela segunda vez – IFSP
Pesquisa sobre higroeletricidade é desenvolivda por estudantes de cursos técnicos integrados ao ensino médio
O projeto SafeSpot: Dispositivo Luminoso de Sinalização Náutica Alimentado por Higroeletricidade, desenvolvido por alunos do Campus Campinas do IFSP, conquistou a 3ª colocação no prêmio MÚTUA-SAÚDE – ABENGE “Talentos na Engenharia” durante o 53° Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia e o VIII Simpósio Internacional de Educação em Engenharia (COBENGE 2025), realizado entre os dias 15 a 18 de setembro, em Campinas (SP).
A pesquisa desenvolvida pelos alunos de cursos técnicos integrados ao ensino médio do Campus Campinas, Giovana Rocha dos Santos, Isadora Alves dos Santos e Vinicius Pavanello Secafim, foi realizada no Centro de Pesquisa e Inovação (Cepin) em Tecnologias Educacionais do IFSP em parceria com o Instituto de Biologia da Unicamp, sob coorientação do professor Eduardo Galembeck.
O coordenador do projeto e docente do Campus Campinas do IFSP, Edson Anício Darte, explica que a ideia surgiu no contexto das pesquisas desenvolvidas dentro do INCT/Inomat, onde estavam sendo desenvolvidos materiais e pesquisas sobre higroeletricidade, aplicando os conceitos trabalhados em laboratório para desenvolvimento de produtos. “O objetivo é estudar a viabilidade de uso de células higroelétricas submergidas em água do mar para suprimento de energia para sistemas de iluminação e sinalização”.
A higroeletricidade é um conceito de energia que busca gerar eletricidade a partir da umidade do ar, utilizando a transferência de cargas elétricas que ocorre naturalmente entre as moléculas de água presentes na atmosfera.
A próxima etapa dos estudos, segundo Edson, é alcançar geometrias de células higroelétricas que funcionem de forma ininterrupta submersas em água do mar por mais de seis meses com potência suficiente para alimentar microcontrolador ESP32 com sensores ambientais.
Para a estudante Giovana Rocha, apresentar seu projeto no COBENGE 2025 foi uma oportunidade única: “recebemos feedbacks de especialistas, trocamos ideias com outros profissionais e expandi minha rede de contatos, o que contribuiu muito para o aprimoramento do trabalho”.
Edson destaque que a segunda conquista no congresso reforça a relevância e a qualidade dos projetos científicos realizados na educação básica do Instituto Federal de São Paulo.