Mondial de la Bière teve impacto de R$ 35,4 milhões na economia carioca – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Evento teve a sua 12ª edição no Rio e atraiu 40 mil participantes. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

O Mondial de la Bière, considerado o maior festival internacional de cervejas artesanais do Brasil, teve a sua 12ª edição no Rio – “Capital dos Grandes Eventos” – entre os dias 11 e 14 de setembro de 2025, no Píer Mauá. Segundo a organização do evento, o público foi de aproximadamente 40 mil participantes, sendo 85% de cariocas e moradores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e 15% de turistas. Com base nesses dados, a Prefeitura do Rio calcula que o impacto do evento na economia da cidade foi de aproximadamente R$ 35,4 milhões. O cálculo levou em consideração o consumo de cerveja; o ingresso do evento; os gastos dos turistas; e o investimento no evento dos organizadores.

A arte de misturar água, malte, lúpulo e levedura combina bem com o soft power carioca e impulsiona o desenvolvimento econômico da cidade. O estudo “Economia da Cerveja no Rio”, elaborado pela Prefeitura – por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) e da Riotur, traz um retrato do mercado cervejeiro e do setor de bares e restaurantes, que representam atividades de grande importância econômica tanto no cenário internacional quanto no Brasil, com impacto direto na geração de renda, emprego e arrecadação tributária.

De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Rio conta com 5,6 mil estabelecimentos registrados como Bares e Restaurantes, responsáveis por 65,4 mil empregos, o equivalente a 4,0% do total de estabelecimentos e 7,0% do total de empregos nesse setor no país. A média salarial dos trabalhadores de bares e restaurantes no Rio é de R$ 2.380, com uma massa salarial (soma dos salários desses trabalhadores) de R$ 2,0 bilhões.

Na capital fluminense, a Barra da Tijuca lidera com 13,7% dos bares e restaurantes e 18,0% dos empregos do setor, seguida pelo Centro (12,1% e 10,9%). Copacabana (6,8% e 8,1%) e Botafogo (5,9% e 6,9%) também têm destaque, assim como Leblon (2,7% e 5,2%) e Ipanema (3,1% e 5,1%). A Tijuca representa 3,8% dos estabelecimentos e 4,0% dos vínculos, enquanto Campo Grande tem 3,3% e 2,5%. Já Freguesia/Jacarepaguá (1,9% e 2,1%) e Gávea (1,3% e 1,8%) completam o top 10, com participação de 54,7% das empresas e 64,7% dos postos de trabalho.

Rua da Carioca abriga o primeiro Polo Cervejeiro do Rio

O mercado de cerveja artesanal vem crescendo na cidade nos últimos anos. Pensando em incentivar ainda mais esse setor, o projeto da Prefeitura do Rio, que recebeu o nome de Rua da Cerveja, busca resgatar o charme e a vocação original da Rua da Carioca, que por décadas foi referência em comércio especializado e na vida noturna carioca.

Além de fortalecer a economia, o projeto também garante a preservação do patrimônio histórico, já que a maioria dos imóveis da Rua da Carioca é tombada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).

Além disso, a Rua da Carioca passará por obras de requalificação, com ampliação das calçadas, redução das pistas e a criação de um espaço de convivência com bancos, nova iluminação e arborização, com projeto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento e execução de obra da Secretaria Municipal de Infraestrutura. Com essa estratégia, a expectativa é que a Rua da Cerveja movimente R$ 222 milhões em quatro anos, gere uma massa salarial (soma dos salários) de R$ 41,8 milhões e crie cerca de 500 novos empregos, diretos e indiretos.

Pelo programa, as cervejarias participantes receberam até R$ 200 mil para a reforma dos imóveis e contam com uma ajuda de custo mensal de até R$ 15 mil, por 30 meses. Ao todo nove cervejarias assinaram com o Município, das quais cinco já estão abertas – Vírus Bier, Martelo Pagão, Piedade Cervejaria e Tio Ruy e Búzios, essas duas sob a marca Cotovelo.

A Rua da Cerveja é parte das iniciativas do Reviver Centro, plano de recuperação urbanística, cultural, social e econômica da região central do Rio, que estimula a atração de novos moradores e já concedeu 57 licenças e gerou 5.236 unidades residenciais.

Prefeitura leva Rua da Ceveja para o Mondial de la Bière

 A Prefeitura do Rio levou a Rua da Cerveja para dentro do Mondial de la Bière. O estande — assinado pela arquiteta Luisa Moraes e realizado pela Ilha Entretenimento — recriou o clima do primeiro Polo Cervejeiro da Cidade, atraindo aproximadamente 6 mil pessoas. Com identidade visual inspirada nos novos bares instalados no tradicional endereço do Rio, contou com chope artesanal das cervejarias que fazem parte do polo e ativações, durante os quatro dias de festival. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e da CCPar, com apoio da Riotur.

O estudo “Economia da Cerveja no Rio” está disponível no Observatório Econômico do Rio, no site observatorioeconomico.rio.