Setembro Verde: Hospital Celso Ramos é a unidade que mais doa múltiplos órgãos no estado

Foto: Roberto Zacarias / SECOM

Com atendimento empático, comunicação clara, ambiente acolhedor e ações seguras, o Hospital Governador Celso Ramos (HGCR), de Florianópolis, é destaque entre as unidades que mais viabilizam a doação de múltiplos órgãos em Santa Catarina nos últimos anos. Atualmente, a unidade do Governo do Estado está na primeira posição com 32 doadores efetivos de múltiplos órgãos, entre janeiro e agosto de 2025. A não autorização das famílias também é uma das menores, com 19%. 

“O Hospital Governador Celso Ramos é vocacionado para doenças neurológicas, com pacientes de maior gravidade. Quando ele chega na emergência, o objetivo principal é tentar reverter essa condição. Muitos têm um desfecho desfavorável e evolui para morte encefálica. O diagnóstico de morte encefálica é concreto, com critérios seguros e bem definidos no país, condição para que possa haver doação de órgãos. O nosso hospital figura entre as primeiras colocações no quesito de doação de órgãos, justamente porque envolve capacitação de todas as equipes”, explica Diego Fagundes, neurologista e coordenador Hospitalar de Transplante do HGCR. 

Após a confirmação da morte encefálica, a equipe da Coordenação Hospitalar de Transplantes do HGCR atua na missão de salvar outras vidas, que precisam de um novo órgão. O resultado é reflexo da qualificação especializada dos profissionais promovida pelo Governo do Estado, por meio da SC Transplantes, e da solidariedade do povo catarinense.

Foto: Ricardo Trida/Arquivo/SECOM

“Santa Catarina lidera o número de doações no país, não é por acaso. A comissão hospitalar de transplante é um diferencial em relação ao restante do país. Elas são responsáveis, primeiro, por gerenciar e direcionar fluxos, quando necessário, de pacientes graves e que estão em protocolo de morte encefálica; segundo, no acolhimento de famílias em um momento, talvez, mais delicado de suas vidas. As equipes do Celso Ramos estão capacitadas para buscar o melhor acolhimento para essas famílias que estão fragilizadas. Além disso, os bons desfechos contam com a solidariedade das famílias. Sem esse entendimento de que doar é um ato de amor, não seria possível”, destaca o médico.

De acordo com a Central Estadual de Transplantes, dados preliminares de 2025 apontam que foram realizadas 234 doações de múltiplos órgãos em todo o estado. Há 69 instituições hospitalares que integram o Sistema Estadual de Doação. Todas as equipes recebem, constantemente, qualificação para atuarem no processo de doação e transplante de órgãos.

A família é fundamental no processo de doação e transplantes de órgãos, pois é ela que autoriza o procedimento. “Se cada um refletir se gostaria que as pessoas que gostamos pudessem ter a chance de serem transplantadas caso precisassem, diriam ‘Eu sou doador’. Se você é doador, comunique sua família. Em 20 anos de SC Transplantes, não lembro de família que tenha contrariado a vontade do indivíduo, quando ele expressou previamente. Mas a realidade do dia-a-dia é que a maioria das pessoas nunca mencionou a questão da doação e, nesta hora, o que define um doador é como a família é tratada dentro do ambiente hospitalar. Se há respeito, empatia, ética e acolhimento adequado, há uma chance muito maior que decidam pela doação, mesmo sem o familiar ter definido se era doador ou não”, reforça Joel de Andrade, coordenador da SC Transplantes.

Atualmente, 1.641 pessoas aguardando por transplante em Santa Catarina, sendo a maior espera por rim (933). Os órgãos captados, além de serem transplantados no território catarinense, também são encaminhados para receptores em outros estados.

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Gabriela Ressel
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