hospitais ameaçam paralisar por atrasos da prefeitura de Campina Grande
Quatro hospitais e uma clínica oftalmológica de Campina Grande estão vivendo um desafio: manter o atendimento dos usuários do SUS diante dos atrasos nos repasses de recursos por parte da prefeitura de Campina Grande.
Essa semana as unidades hospitalares enviaram um ofício ao Gabinete do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), alertando para o risco de paralisação das atividades.
Os hospitais relatam um “colapso financeiro” e dizem que tentam uma conversa com o prefeito desde o mês de agosto – mas sem sucesso.
As reclamações por atrasos são ratificadas pela Fap, que atende pacientes com câncer; pela Clínica Dr Maia; pelo Hospital da Clipsi; pelo Hospital Antônio Targino, que recentemente já tinha relatado dificuldades no setor de hemodiálise; e pela clínica oftalmológica Saulo Freire.
“Cumpre destacar que o primeiro expediente requerendo audiência com Vossa Senhoria foi protocolado em 04 de agosto deste ano. Além disso, representantes das entidades compareceram ao Gabinete do Prefeito e buscaram contato por meio de assessores e autoridades eleitas, sem êxito”, diz o ofício.
As entidades lembram que em maio foi firmado um TAC junto ao Ministério Público, buscando evitar novos atrasos, mas o acordo não estaria sendo cumprido pela gestão municipal.
“Dessa forma, para preservar minimamente a sobrevivência das entidades, informamos que, caso não haja providências imediatas para regularizar os pagamentos e promover reunião com as instituições signatárias a fim de discutir soluções para a crise, os serviços poderão ser paralisados a partir de 30 de setembro de 2025″, alertam os hospitais.
A situação é tão grave que, de acordo com as direções, a maioria dos hospitais “sequer conseguiu efetuar o pagamento dos salários de seus funcionários, afetando diretamente cerca de 2.000 famílias que dependem do trabalho nestas instituições”.
O caso se soma a duas ações propostas semana passada pelo Ministério Público, questionando o descumprimento de TAC’s firmados com órgão. As ações apontam falhas em setores do Hospital Pedro I e do Isea, inclusive nos Centros Cirúrgicos.
Outro lado
O Blog procurou respostas junto à prefeitura de Campina Grande. Até agora não há nenhum posicionamento sobre o tema.