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Funjope abre exposição do artista plástico Ronaldo Cordeiro nesta sexta-feira

A Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), abre, nesta sexta-feira (17), às 16h, na Casa da Pólvora, a exposição ‘Tela Zero – Reboot’, do artista plástico Ronaldo Cordeiro. Ele trabalha com um projeto inovador, transformando a tecnologia interna de aparelhos de tv inutilizados em arte e consciência ambiental. A visitação acontece diariamente, das 9h às 17h, até o dia 17 de novembro.

“Essa exposição do Ronaldo Cordeiro tem um caráter muito especial para nossa equipe porque, além de trazer toda uma riqueza artística, criativa e estética, ele nos provoca para uma reflexão sobre a questão do meio ambiente, do equilíbrio do ecossistema e nos faz refletir sobre como nós cuidamos dos resíduos, dos descartes tecnológicos, o que é um tema muito forte no momento, sobretudo agora que temos a realização da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), em que todo o mundo está se voltando para o Brasil. É importante que tenhamos um artista local que tem essa preocupação com o meio ambiente e que nos apresenta uma riqueza estética de grande valor”, avalia o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.

A chefe da Casa da Pólvora, Ana Maia, observa que hoje a questão ambiental é uma preocupação no mundo inteiro e o trabalho do artista Ronaldo Cordeiro, transformando em arte o que não mais teria utilidade, contribui para moldar o mundo, inovando na questão da preservação do meio ambiente.

“Ressalto a importância de ter, na Casa da Pólvora, um artista dessa dimensão, que vem com uma proposta excelente, incentivadora e educadora na área de reciclagem. É um trabalho que reúne muitas qualidades e aproveitamos para convidar crianças, escolas e o público em geral para ver essa exposição. Ela passa para o aluno ou qualquer visitante essa preocupação e desperta a vontade de criar”, pontua.

O artista plástico Ronaldo Cordeiro enfatiza que, segundo a Green Eletron – entidade gestora de logística sem fins lucrativos criada para viabilizar e gerenciar a logística reversa de eletroeletrônicos – o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos eletrônicos no mundo, mas recicla apenas 3% desse material. “Isso prejudica muito os biomas, contaminando todo o meio ambiente. A exposição traz uma reflexão sobre esse assunto, devido a matéria-prima ser justamente o próprio resíduo eletrônico”, comenta.

Os trabalhos que compõem a exposição envolvem pinturas e uma série de objetos, a exemplo de uma mesa de centro e pinturas em resíduos eletrônicos diversos.

“A mensagem que passo é alertar as pessoas sobre o risco que causamos ao meio ambiente, descartando de forma irregular os resíduos eletrônicos, muitas vezes misturados com resíduos orgânicos. O descarte irregular em locais inadequados prejudica a natureza devido aos metais pesados que existem em muitos eletrônicos. A reflexão também traz a necessidade e atitude do reuso e da reciclagem desses materiais”, ensina.

A expectativa do artista é causar impacto no público, assim como aconteceu em outros ambientes onde realizou a exposição. “As pessoas admiravam as artes e só depois percebiam que tudo era fruto dos resíduos eletrônicos”, completa Ronaldo Cordeiro.

O artista – Ronaldo Cordeiro, artista plástico nascido em 1973, é uma figura emblemática da arte urbana brasileira. Desde a infância, foi influenciado pela efervescência das artes urbanas, acompanhando o surgimento do grafite nas ruas de Brasília. Sua trajetória artística é marcada por encontros com grandes nomes da modalidade, que o ensinaram a capturar a essência da arte urbana.

Em 1998, após uma breve visita à Paraíba, Ronaldo decidiu fazer de João Pessoa sua moradia e fonte de inspiração. Formado em Tecnologia em Construção de Edifícios pelo IFPB, Ciências Sociais pela UFPB e negócios imobiliários, ele expandiu seu repertório artístico criando não apenas pinturas, mas também esculturas que adornam a orla da cidade de João Pessoa.

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