Paradesporto pinheirense – Esporte Clube Pinheiros
Conheça os atletas do Clube que são referência em esportes adaptados
O paradesporto é uma importante ferramenta de inclusão social e de valorização da diversidade. Há inúmeras histórias de paraesportistas que conquistaram não só medalhas de ouro, prata e bronze, mas também de autonomia, qualidade de vida e saúde.
O Clube conta com profissionais capacitados para treinar os paratletas, desenvolvendo ao máximo o seu talento e fazendo com que se desenvolvam da melhor maneira possível. Há atletas de paradesporto no Atletismo, na Esgrima e no Remo, que contam com uma infraestrutura adequada para a prática das modalidades.
Cinco atletas do paradesporto se sobressaem por suas histórias de conquistas: Alex Souza, Cláudia Santos, Jairo Klug, Petrúcio Ferreira e João Vitor Horemans compõem o quadro de atletas do paradesporto pinheirense e se destacam em campeonatos nacionais e internacionais.
Cláudia Santos embarcou com tudo no esporte do Remo. A atleta pinheirense competiu nos jogos de Paris 2024 e alcançou o 6º lugar na classe Single Skiff PR1 ao completar a prova em 12:12.86. Cláudia chegou à mesma posição nas duas Paralimpíadas passadas, de Tóquio 2020 e Rio de Janeiro 2016. Em Londres 2012, ficou em 4o lugar e em Pequim 2008, também em 6º.
A trajetória da pinheirense é muito inspiradora. Começou a praticar Natação, em 2005, e, em 2007, mudou para o Remo adaptado. Com somente oito meses de treino, Cláudia já conquistou a medalha de ouro no Mundial de Munique, mostrando todo o seu talento e perseverança.
Jairo Klug também compete pelo Remo adaptado. O paraesportista alcançou o 5º lugar na final das duplas mistas do Remo Paralímpico, junto de sua companheira de equipe, Diana Barcelos, na categoria PR3, em Paris 2024. Os brasileiros fizeram a prova em 7:45.02. A infraestrutura oferecida no ECP é de primeira qualidade: o Clube conta com um galpão na Raia Olímpica da USP.
Jairo é um ex-atleta do Remo convencional que migrou para o Remo paralímpico. Sua carreira teve início aos 17 anos, em 2001, e chegou a participar da seleção brasileira da modalidade, tendo disputado os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
Foi bicampeão mundial na classe Mix2x PR3, em 2017 e 2018, e disputou as Paralimpíadas de Londres e de Tóquio.
Embarque nessa estrutura
O Remo paralímpico constitui uma variante adaptada e inclusiva do Remo convencional, concebida para a participação de atletas com deficiência. A modalidade preserva a essência do Remo tradicional, empregando embarcações longas e estreitas, mas com modificações específicas destinadas a atender às necessidades singulares dos remadores com deficiência.
Os equipamentos adaptados no Remo paralímpico são evidentes, com assentos especialmente desenhados para proporcionar conforto e estabilidade aos atletas. Sistemas de fixação ajustáveis são incorporados para acomodar uma variada gama de capacidades de movimento, visando otimizar a eficácia e segurança durante a prática da modalidade. Essas adaptações são cruciais para garantir que cada atleta tire o máximo proveito de suas habilidades durante as competições.
Um aspecto fundamental do Remo paralímpico é a classificação cuidadosa dos atletas, baseada em critérios que consideram suas limitações funcionais. As categorias PR1 (Tronco e Braços), PR2 (Assentos Fixos) e PR3 (Pernas, Tronco e Braços) exemplificam as distintas classes que visam assegurar uma competição justa e equitativa, promovendo a inclusão.
Alex Souza defende as cores do ECP na Esgrima em cadeira de rodas. Essa modalidade, também chamada de Paraesgrima, foi desenvolvida pelo neurologista alemão naturalizado britânico Ludwig Guttmann, no Hospital Stoke Mandeville, na Inglaterra, e apresentada ao mundo nos Jogos Paralímpicos de 1960, em Roma. É uma adaptação do esporte que permite o acesso a pessoas com deficiência.
Entre as vitórias mais recentes de Alex Souza está a conquista de duas medalhas — de prata e de bronze — no Campeonato Brasileiro de Paraesgrima. Representando a Federação Paulista de Esgrima e o estado de São Paulo, Alex conquistou a medalha de prata na prova por equipes do sabre. Defendendo as cores do Azul e Preto, foi bronze no florete. O paraesportista tem como objetivo competir nos Jogos de Los Angeles 2028.
Petrúcio Ferreira é um verdadeiro fenômeno do Atletismo. O atleta se tornou tricampeão paralímpico ao conquistar a medalha de ouro na prova dos 100 metros rasos na categoria T47, com o tempo de 10.68. As outras duas conquistas foram nos Jogos Rio 2016 e Tóquio 2020. Além da medalha de ouro e o lugar mais alto do pódio, o pinheirense fez seu melhor tempo na temporada, na disputa contra o americano Korban Best, que ficou com a prata, com o tempo de 10.75.
O atleta acabou se tornando um dos maiores exemplos de superação, talento e perseverança do paradesporto nacional.
O paratleta pinheirense João Vitor Horemans também vem se destacando no Paratletismo. O esportista participou do Meeting Paralímpico Loterias Caixa, realizado no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, e conquistou a prata nos 100m rasos, em sua categoria T-3, com o tempo de 15.02. Na prova dos 200m rasos, João terminou na 4ª colocação, com o tempo de 30.69.
Karem Borges, técnica do paratleta, fala sobre essa relação com o pinheirense: “Nós fazemos um trabalho na pista de saltos e coordenação, o que ajuda muito, e ele se saiu muito bem, além de fazer uma boa marca nos 100 metros. Ele é associado do Clube, está comigo há muito tempo e vem melhorando cada vez mais com os treinos”.
