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Feira de Ciências dos alunos da E.M. “Flávio de Souza Nogueira” reproduz na prática como a ciência explica fenômenos da Natureza



10 de novembro de 2025

18:44

Por: Rose Campos

Fotos: Rose Campos/Secom

A quadra de esportes da E.M. “Flávio de Souza Nogueira”, na Vila Fiori, ficou lotada, na última sexta-feira (7), durante a exposição dos trabalhos da Feira de Ciência com alunos das turmas do Ensino Fundamental II. Uma sucessão de experimentos criativos ficou disponível para a visita da comunidade escolar local, incluindo muitos pais e responsáveis dos alunos, com trabalhos práticos e expositivos acerca de meio ambiente, aspectos do planeta Terra e da configuração do universo, além de temas como genética, saúde em geral, física, química, entre outros.

Foi o resultado de um ano de dedicação e muita aprendizagem. “A Feira de Ciências da E.M. ‘Flávio de Souza Nogueira’ é um projeto que dura o ano inteiro, e a ideia é que eles trabalhem o pensamento científico, construído ao longo da sua formação, dando início já no primeiro bimestre até o fim do ano letivo. Isso é muito importante nos dias de hoje, por causa da tecnologia e da ciência que permeiam a vida de todos nós. Então, entender como funciona o pensamento de um cientista e como é metodologia científica, é muito importante; A feira vem justamente para trabalhar essas habilidades. As crianças dentro do seu desenvolvimento no ciclo dois já conseguem entender o pensamento sistemático, a sequencialidade das coisas, as consequências das ações e de um experimento. Para se ter uma ideia, há experimentos que seguem a mesma linha de raciocínio feita nas universidades, e os resultados a que os nossos estudantes chegaram são muito parecidos”, afirmou o professor de ciências da escola, Rafael Ramos Castellari.

Perguntado sobre os pontos altos das realizações dos alunos, ele se diz muito satisfeito com tudo que pôde observar na mostra. “Eu fiquei bastante feliz com a dedicação deles. Sou um professor bem exigente, eles sabem disso, e eu fiquei bem satisfeito porque eles deram uma devolutiva, eles entenderam o que estavam fazendo, se dedicaram à execução. Nós deixamos algumas aulas para eles terminarem os trabalhos, mas muito do que eles fizeram veio de casa. Percebo também o apoio dos pais, que é muito importante, e alguns conseguiram vir prestigiar os trabalhos dos filhos. Também fiquei surpreso com a qualidade dos trabalhos apresentados. Nós trabalhamos com perguntas geradoras, como dúvidas do nosso cotidiano, tivemos um trabalho que falou sobre cozimento, e qual ciência está por trás disso, sobre a produção dos sons com instrumentos musicais – porque instrumentos diferentes, ao emitir a mesma nota musical, produz sons diferentes – enfim, coisas que eles percebem no cotidiano, e tudo tem ciência por trás. Assim, eles saem do livro didático para algo feito por eles, na prática”, conclui o professor Rafael.

Além de propor hipóteses teóricas e testar experimentos com referência às várias disciplinas das ciências, os alunos também demonstraram ter habilidade na execução de protótipos, miniaturas e maquetes, de forma muito criativa, utilizando material reciclável. Um ambiente de corais, por exemplo, foi reproduzido utilizando material flutuante para natação, os chamados “espaguetes”. Uma estrutura feita de isopor reproduziu a parte interna de um vulcão. E cartolina colorida foi a base para representar uma pista de aviação. Entre inúmeros outros exemplos.

Ao fim da exposição, os alunos também se organizaram para desmontar todos os aparatos da mostra e devolver às salas de aula todas as mesas e cadeiras utilizadas. Deixar qualquer vestígio dos projetos ou mobiliário para trás implicaria perda de nota. Dessa forma, também a disciplina e organização dos alunos contribui para o sucesso das avaliações.

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