Minas Gerais marcou presença de destaque na 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA), reforçando seu papel de liderança entre os estados brasileiros na agenda de descarbonização e governança climática.
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, representou o Governo de Minas em três painéis realizados na terça-feira (11/11), abordando temas estratégicos como biocombustíveis, financiamento climático e transparência na implementação de políticas públicas ambientais.
O primeiro painel, intitulado “Produção Sustentável de Biocombustíveis”, ocorreu durante o Brazilian Sustainable Transportation e destacou as ações do estado voltadas à transição energética. Minas é atualmente o segundo maior produtor de etanol do país, o que fortalece seu protagonismo na substituição de combustíveis fósseis e na redução de emissões de gases de efeito estufa.
“Minas Gerais tem um diferencial na produção de etanol, o que nos dá condições de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, principalmente com o uso do etanol como combustível de transporte”, afirmou Marília Melo. “Apresentamos também metas de aumento do uso de biocombustíveis e nossas iniciativas com biogás e biometano, ampliando a diversificação da matriz energética mineira”, completou a secretária.
Na sequência, Marília participou do painel sobre financiamento climático, que reuniu representantes de governos, do setor privado e de instituições financeiras para debater novas formas de cooperação e investimento em ações de mitigação e adaptação. A secretária destacou a importância de mecanismos financeiros sustentáveis para viabilizar políticas públicas de longo prazo. “O financiamento climático é um tema recorrente nas conferências do clima. A implementação de políticas públicas ambientais depende diretamente da existência de instrumentos financeiros estruturados e sustentáveis”, ressaltou.
Encerrando o dia de atividades, o Estado foi destaque no painel “Transformando a Colaboração em Fundações Climáticas Regionais”, quando o estado apresentou sua ferramenta de referência nacional: o MRV Climático. A plataforma — inédita entre os estados brasileiros — permite monitorar, reportar e verificar o cumprimento das metas do Plano de Ação Climática de Minas Gerais (PLAC-MG), garantindo transparência e efetividade na execução das políticas ambientais.
“O MRV Climático garante transparência e efetividade na implementação do nosso plano. Minas é o único estado que possui uma ferramenta como essa, capaz de acompanhar o cumprimento das metas e avaliar o impacto real das políticas públicas ambientais”, destacou Marília Melo.
A superintendente de Qualidade Ambiental e Mudanças Climáticas da Semad, Renata Araújo, também participou das discussões e reforçou o papel do sistema como instrumento de integração e confiança. “A agenda climática é transversal: envolve desenvolvimento econômico, transporte, florestas plantadas, segurança alimentar e inclusão social. O MRV Climático contempla as 199 metas do PLAC e tem como objetivo engajar as secretarias e entidades do Estado na construção de políticas públicas mais consistentes. O monitoramento traz transparência e credibilidade às nossas ações”, explicou.
A participação de Minas Gerais na COP30 evidencia o compromisso do Governo do Estado e da Semad com a redução das emissões de gases de efeito estufa, o fortalecimento da cooperação internacional e a construção de uma governança climática baseada em dados, inovação e resultados concretos.
COP30: o mundo unido pelo clima
Realizada pela primeira vez no Brasil, a COP30 acontece em Belém , no coração da Amazônia, reunindo representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para avaliar o cumprimento das metas do Acordo de Paris e firmar novos compromissos rumo à neutralidade de carbono até 2050.
Ao levar suas experiências e resultados à conferência, Minas Gerais consolida-se como referência nacional em sustentabilidade, mostrando que o estado alia planejamento, inovação e transparência na busca por um desenvolvimento econômico alinhado à preservação ambiental e ao enfrentamento das mudanças climáticas.