Ícone do site OPINIÃO E NOTÍCIA

Brasil lança plano nacional para aumentar arborização urbana

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançou nesta quinta-feira (13), em Belém, o Plano Nacional de Arborização Urbana (Planau), durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

O objetivo é aumentar a cobertura vegetal das cidades, considerada abaixo dos padrões adequados.

Segundo o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, as populações que vivem nas cidades brasileiras têm poucas árvores próximas às suas moradias. 

Isabeli Fontana desabafa sobre a saída do filho de casa; “Não está sendo fácil”

Adriano Imperador quebra o silêncio após boatos de ménage com Belo e Gracyanne Barbosa

Dados do Mapbiomas de 2024 apontam que a média nacional de arborização nas cidades brasileiras é 28,2% dos territórios com cobertura verde. 

“A principal meta do plano é de aumentar para 65% da população brasileira que vive em ruas que tenham no mínimo três árvores, aumentar em 360 mil hectares a área de arborização e áreas verdes das cidades”, afirma o secretário.

De acordo com Maluf, o plano foi estruturado com base na estratégia 3+30+300, desenvolvida pelo pesquisador Cecil Konijnendijk, em 2021. 

“Nós seguimos muito esse princípio internacional para que todos tenham no mínimo três árvores na sua rua, que todos os bairros tenham no mínimo 30% de áreas verdes, isso é importante para a questão climática, é importante para a biodiversidade, e ter toda a população brasileira vivendo no máximo até 300 metros de uma área verde”, diz. 

COP30 colocou pauta indígena no centro do debate global, diz ministra

Gestantes de áreas vulneráveis tem risco maior de perder bebê

Secretário Adalberto Maluf no lançamento do Plano Nacional de Arborização Urbana, na COP30. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Construção participativa

Na apresentação do Plano, o diretor do Departamento de Meio Ambiente Urbano, Maurício Guerra, destacou que todo o processo de construção da política pública ocorreu de forma participativa. A proposta foi lançada em fevereiro de 2025 e o texto foi submetido à consulta pública, tendo recebido 350 contribuições de encontros regionais e outras 45º por meio da consulta on-line.

Guerra explica que o plano atuará não apenas para criar áreas verdes, mas conectá-las por meio de corredores verdes que também serão ligados entre as cidades. 

“A árvore não é apenas um elemento acessório da infraestrutura da cidade. É um elemento essencial que carrega o princípio da resiliência climática”, diz.

De acordo com Adalberto Maluf, o plano faz parte de uma política nacional que inclui a criação de uma Estratégia Nacional de Soluções Baseadas na Natureza, focada principalmente nas escolas e na educação baseada na natureza. 

“A arborização, junto com essas soluções, são imprescindíveis para a gente melhorar e reconectar as pessoas com a natureza.”, diz.

Para financiar e apoiar as iniciativas, o governo federal tem trabalhado em  uma estratégia financeira que inclui investimentos públicos a fundo perdido e o direcionamento de recursos de emendas parlamentares, explica Adalberto Maluf. 

“Fizemos um banco de projetos do Programa Estados Verde Resilientes. São mais de 300 projetos com um custo de 10 bilhões em iniciativas com soluções baseadas na natureza e a arborização, que são as duas áreas com maior número de projetos inscritos”, conclui.

Sair da versão mobile