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Atividades nas escolas da Rede Municipal da Capital marcam o Dia da Consciência Negra

As escolas da Rede Municipal de Ensino de João Pessoa realizaram, nesta quarta-feira (19), atividades em alusão ao Dia da Consciência Negra, que é celebrado nesta quinta-feira (20). O trabalho nas unidades de ensino, de estudo, pesquisas e produção de materiais, aconteceu durante todo o ano letivo.

A secretária executiva de Educação e Cultura de João Pessoa (Sedec-JP), Luciana Dias, acompanhou no início da manhã desta quarta-feira os trabalhos apresentados pelos alunos da Escola Municipal Antônio Santos Coelho, na Penha.

Com o tema ‘Territórios do saber: ancestralidade e resistência afro-indígena na Escola da Penha’, os alunos fizeram mostra dos trabalhos desenvolvidos na Robótica, além de apresentações artísticas e culturais.

“As escolas municipais têm realizado um excelente trabalho de promoção da consciência negra, desenvolvendo ações pedagógicas que seguem a legislação vigente, especialmente a Lei 10.639, de 2023, que determina o ensino da História e Cultura Afro-brasileira. É um trabalho contínuo ao longo do ano, construído de forma coletiva pelos estudantes, professores, gestores e toda a comunidade escolar. Só que agora, em novembro, com o Mês da Consciência Negra, essas ações ganham sua culminância, onde são apresentados projetos, pesquisas, produções artísticas, vivências que valorizam a identidade, o respeito, a diversidade e o combate ao racismo”, disse a secretária Luciana Dias.

A secretária de Educação, América Castro, também falou sobre a importância desse movimento nas unidades de ensino. “É um momento de valorização da identidade, de reflexão e de fortalecimento da educação antirracista. Parabenizo todas as equipes das unidades pelo compromisso e pelas ações que inspiram nossas crianças e nossa cidade a construir uma João Pessoa mais justa, plural e humana”, afirmou.

Na Escola Municipal José Américo, no bairro José Américo, também teve exposição de cartazes, poemas feitos pelos alunos e apresentações culturais. O tema trabalhado foi ‘Revisitando nossa ancestralidade: saberes, práticas e musicalidade afro-indígenas’.

“O que está sendo exposto é esse trabalho voltado à questão da etnia, ao reconhecimento da identidade. Uma parte muito importante, desenvolvida aqui, é a questão da identificação e valorização dos pesquisadores negros e negras do Município, que atuam na Rede Municipal de João Pessoa. Esse é um momento muito importante para a nossa sociedade, porque a gente visa transformar vidas, conscientizar e transformar dentro das nossas práticas pedagógicas a equidade, valorizando todos os seres, independente de cor, de etnia, de religiosidade. Todos nós temos uma importância, que é isso que a escola faz, é a questão de construção, identificação e transformação de vidas”, falou a diretora pedagógica, Andréa Karla Gonzaga.

A aluna do 9º ano, Giovanna Batista Rebouças, fez um trabalho sobre Justino Barbosa, que é professor de Ciências na escola e coordenador da área de Ciências e de Artes da Sedec. Ela falou sobre o conhecimento obtido com todo o trabalho. “Eu aprendi a me amar mais. Amar mais minha cultura também, a conhecer outras culturas. E eu estou achando isso incrível, uma experiência maravilhosa. Hoje eu represento a mulher negra e com muito orgulho”, disse a aluna.

Teve ainda apresentação do grupo ‘Capoeira no chão da escola’, da Banda Marcial da escola, acompanhada de uma ginasta, além de desfile da beleza negra dentro do cotidiano escolar.

“É importante dizer que essa culminância que está acontecendo em várias escolas da Rede Municipal não é apenas a culminância do mês de novembro, como mês específico de celebração da Consciência Negra. É, na verdade, a culminância de um conjunto de atividades que está sendo desenvolvido ao longo do ano letivo inteiro. A implementação das leis 10.639 e 11.645 tem sido cada vez mais consolidada na Rede Municipal de João Pessoa, seja através de formações, seja através do projeto ‘Capoeira no chão da escola’, seja através da aquisição de materiais, enfim. João Pessoa se torna referência no sentido de que ela consegue tornar a implementação das leis, tanto no currículo, como nas práticas, como no desenvolvimento de projetos, e se torna referência porque ainda temos um caminho longo pela frente” explicou o chefe da Divisão de Diversidade Curricular, o Profº Drº Lucian Souza.

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