Ícone do site OPINIÃO E NOTÍCIA

ICV reforça atendimento humanizado e especializado para mulheres em situação de violência

O aumento dos casos de violência contra a mulher no Brasil, revelado pela nova pesquisa do Instituto DataSenado, que ouviu 21.641 brasileiras, este ano, reforça a importância do atendimento especializado realizado pelo Instituto Cândida Vargas (ICV). O levantamento mostra que 88% das mulheres já sofreram violência psicológica, que 71% das agressões acontecem na presença de outras pessoas e que 40% das testemunhas adultas não interferem no momento da violência.

Em meio a esse cenário, o ICV destaca seu papel como referência em acolhimento humanizado, sigiloso e multiprofissional para adolescentes e mulheres em situação de violência sexual e outras formas de agressão. A psicóloga e coordenadora multiprofissional do serviço, Sandra Garcia, explica como funciona o fluxo de atendimento desde a chegada da mulher ao Instituto, reforçando a prioridade no cuidado integral.

“Quando uma mulher que sofreu abuso sexual chega ao ICV, o primeiro passo é o acolhimento e a classificação de risco, onde ela é classificada como vermelha. Isso visa que seu atendimento seja o mais breve possível e que ela não passe por exposições desnecessárias. Em seguida, ela realiza exames laboratoriais e testes específicos, como os de sífilis, HIV, hepatite B e C”, detalhou Sandra.

A coordenadora reforça que o Instituto segue um protocolo que permite que a vítima faça seu relato apenas uma vez, preservando o emocional da mulher. A paciente é acompanhada por uma equipe multiprofissional, composta por um médico, enfermeira, psicóloga e assistente social, que realiza a escuta qualificada. A depender da situação, a equipe faz encaminhamentos específicos. Caso ela chegue dentro de 72 horas do ocorrido, é oferecido profilaxia para prevenir infecções sexualmente transmissíveis, medicamentos para evitar gravidez indesejada e vacinas como a imunoglobulina contra hepatite B.

Além do atendimento imediato, o ICV oferece acompanhamento multiprofissional contínuo por seis meses. “No ambulatório, a mulher recebe acompanhamento médico e psicossocial, além de disponibilizarmos atendimento psiquiátrico, planejamento familiar ou outras especialidades, quando necessário. Desde julho do ano passado, tenho participado desses atendimentos junto ao doutor Valmont Varandas e uma técnica de enfermagem, fortalecendo o vínculo com cada usuária e potencializando o acolhimento”, disse Sandra Garcia.

Sobre a coleta de vestígios, Sandra esclarece que esse procedimento não é realizado no ICV. “A coleta é feita no Numol, que possui perito e estrutura adequada para armazenamento. Em algumas situações, a mulher já chega ao Instituto com os exames feitos. Quando necessário, realizamos a comunicação interinstitucional para garantir que todas as medidas sejam tomadas da forma correta”, explicou.

Com o compromisso em garantir acolhimento humanizado, o ICV busca um atendimento sigiloso e integral às mulheres em situação de violência, por meio de fluxos e protocolos seguros e profissionais capacitados para atender cada caso de forma responsável e acolhedora.

Sair da versão mobile