Prefeitura lança Programa Rio Cidade Criativa para impulsionar o empreendedorismo solidário nas comunidades – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Especial de Economia Solidária (SES-Rio), lançou, na quinta-feira (11/9), no Palácio da Cidade, Zona Sul, o Programa Rio Cidade Criativa, voltado ao fortalecimento do empreendedorismo solidário e da economia criativa no município. A iniciativa tem por objetivo capacitar moradores de comunidades em situação de vulnerabilidade, promovendo o desenvolvimento de competências e habilidades para a abertura de negócios comunitários.
– O que a gente tem aqui com o Cidade Criativa é uma mistura de segurança pública e percepção de que o exercício da cidadania pressupõe oferta de oportunidades para essas pessoas. É uma leitura clara de que as relações de trabalho são distintas do que era no passado, porque as pessoas, cada vez mais, empreendem individualmente. Então, como a gente capacita essas pessoas para que elas possam se tornar pequenos e microempreendedores e gerar atividade econômica. É uma iniciativa que abrange esse ambiente fantástico das áreas de mais vulnerabilidade do Rio de Janeiro, comunidades e favelas. A gente precisa explorar esse potencial econômico – afirmou o prefeito Eduardo Paes.
O programa parte do reconhecimento do potencial criativo e produtivo das comunidades e busca consolidar o empreendedorismo solidário como instrumento de inclusão socioeconômica, geração de renda e fortalecimento das dinâmicas produtivas locais. Por meio do Rio Cidade Criativa, moradores terão acesso a cursos de capacitação em áreas como sabonete artesanal, amigurumi, crochê, macramê e vela artesanal, estimulando a criação de produtos com valor agregado e fomentando o desenvolvimento sustentável nas comunidades.
– A gente já criou os agentes solidários, o programa Maturidade que é um projeto de artesanato para a terceira idade e agora o Rio Cidade Criativa que também vai cuidar de artesanato, mas para todas as idades. Serão 15 polos espalhados pela cidade, Zona Oeste, Zona Norte, Zona Sul que vão dar oportunidades para as pessoas aprenderem e empreenderem, porque depois com essa técnica eles podem criar o seu próprio negócio e isso vai motivando e cultivando a economia criativa da nossa cidade – disse o secretário Marcio Santos.
O projeto também atuará como catalisador para superar barreiras significativas enfrentadas por empreendedores periféricos, oferecendo condições estruturadas para que os negócios solidários se desenvolvam e se consolidem com suporte técnico e acesso ao crédito. Além da capacitação, o programa incentiva a formação de redes colaborativas, o cooperativismo e a valorização de talentos locais, promovendo um ambiente de economia criativa que fortalece o comércio comunitário e gera oportunidades de renda.
Voltado para todas as idades, a partir de 16 anos, o Cidade Criativa funcionará em 15 núcleos do munícipio, são eles: Padre Miguel I e II, Tijuquinha, Rio das Pedras, Andaraí, Vila Moretti, Bangu, Inhoaíba, Realengo, Santa Cruz, Cesarão, Magalhães Bastos, Anchieta, Ricardo de Albuquerque e Maré. Os cursos têm duração de três meses e ao final de dois anos serão formadas 3.600 pessoas capacitadas para empreender e gerar renda.
A instrutora de artesanato Marly Soares Oliveira Cunha, dará aulas no núcleo de Anchieta e revela que aprender uma habilidade lhe proporcionou novos caminhos.
– No projeto, eu darei aula de artesanato. Foi o que me gerou uma renda para poder pagar a minha faculdade – ressaltou a instrutora.