Governo do Estado desenvolve projeto piloto que integra centrais de atendimento a emergências na Grande Florianópolis
Foto: Ricardo Trida / SSP
Com o objetivo de promover mais agilidade e eficiência no atendimento à população que recorre aos canais telefônicos de emergência das forças de segurança e do serviço móvel de saúde, o Governo de Santa Catarina criou a Central Integrada de Atendimento a Emergências. O projeto piloto, que reúne inicialmente a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, o Samu e a Polícia Penal, está em operação há cerca de dois meses na região da Grande Florianópolis e já atendeu mais de 60 mil pessoas, alcançando uma taxa de 99,3% de ligações atendidas com sucesso.
“Numa emergência o cidadão não lembra se é 190, 192 ou 193. Ele quer atendimento rápido. Sem contar que reunir todos em um mesmo local otimiza o serviço e agiliza o atendimento”, ressaltou o governador Jorginho Mello.
O secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Flávio Graff, destaca que a iniciativa representa um avanço considerável na capacidade de resposta das instituições às demandas dos cidadãos. Até então, não havia uma conexão direta entre os diferentes canais de emergência, o que, em muitos casos, dificultava o atendimento. Por exemplo, se o cidadão ligasse para o número 190, da Polícia Militar, e a ocorrência estivesse relacionada ao Corpo de Bombeiros Militar (193), seria necessário encerrar a ligação e discar novamente para o número correto, o que representava perda de tempo em situações urgentes.
“A partir do trabalho integrado proporcionado pela nova central de atendimento, ampliamos significativamente nosso potencial de resposta e estamos alcançando resultados excepcionais. Não importa o local onde o cidadão se encontre, na Grande Florianópolis, a ligação será direcionada para esta Central e, aqui, de forma conjunta, as instituições conseguem assistir ao cidadão com mais propriedade. A junção das centrais em um mesmo espaço físico permite que, durante a ocorrência, os profissionais conversem imediatamente entre si, garantindo uma atuação ainda mais qualificada e rápida”, explica o coronel.
Outra vantagem apontada por Graff diz respeito à otimização do efetivo militar lotado na central para outras funções. Conforme o projeto avança, a ideia é capacitar agentes temporários para atuar no atendimento integrado, liberando policiais e bombeiros militares para atividades operacionais na linha de frente. Quanto à instalação do projeto junto ao complexo da Defesa Civil, o secretário destaca que o local oferece estrutura adequada e sistema com redundância, assegurando a continuidade dos atendimentos mesmo em situações adversas.
Modelo português
De acordo com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Edgard Usuy, a ideia da central integrada surgiu no início do governo, a partir de uma demanda do governador Jorginho Mello para centralizar o atendimento ao cidadão catarinense, utilizando tecnologia e inovação de processos. Usuy explica que o projeto piloto em andamento foi inspirado em um modelo utilizado em Portugal, implantado a longo prazo e que exigiu maturação processual, tecnológica e até cultural da população. Também foram analisados casos de outros estados brasileiros, considerando o grau de maturidade e o tipo de tecnologia empregada, até se chegar à proposta catarinense.
“Hoje iniciamos um projeto de longo prazo, um projeto piloto que marca o início da maturação e dos testes das primeiras tecnologias. Nosso objetivo é, futuramente, integrar todos os demais sistemas voltados ao atendimento do cidadão catarinense, utilizando recursos tecnológicos como inteligência artificial, georreferenciamento, reconhecimento facial e uma série de novas ferramentas que surgem com grande potencial para melhorar a vida das pessoas”, conclui o secretário.
Rafael Pereira Cardoso
Assessor de Comunicação
Secretaria de Estado da Segurança Pública
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