Setembro Verde: Santa Catarina é referência nacional na doação e transplante de órgãos
Foto: Arquivo/Secom GOVSC
No mês de conscientização sobre a doação de órgãos, o Setembro Verde, Santa Catarina segue se destacando por ser referência no país. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Estado alcançou a maior taxa de doação, com 42,4 por milhão de população (pmp), no primeiro semestre de 2025, contrastando com o índice nacional em 19,5 pmp. A não autorização das famílias no estado também é uma das menores, com 28,4%, enquanto que a média nacional está em 45%.
“A doação de órgãos salva vidas! Novamente, o povo catarinense demonstra sua solidariedade. É um trabalho de união entre a população, o Estado e os profissionais de Saúde, que muito nos orgulha”, afirmou o governador Jorginho Mello.
De janeiro a julho de 2025, a Central Estadual de Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou 450 notificações de potenciais doadores. Desses, 207 foram doadores efetivos, equivalente ao índice de 52,3 pmp no território catarinense, nos casos de morte encefálica.
“O SC Transplantes é uma Política de Estado consolidada e que vem avançando há mais de 20 anos, com altos índices e destaque nos cenários de doação e transplante no país e no mundo. E o Governo do Estado é fundamental nesse processo, pois tem investido na capacitação constante dos profissionais, além de proporcionar uma estrutura de atendimento e de transporte terrestre e aéreo que atende a população do território catarinense e de outros estados, de forma segura e ágil”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.
Referência em taxas de doação de órgãos no Brasil e na América Latina, Santa Catarina chegou a este patamar por meio de capacitações constantes e desempenho excepcional das equipes das Comissões Hospitalares de Transplantes. Há 69 instituições hospitalares de Santa Catarina que integram o Sistema Estadual de Doação.
Fonte: Registro Brasileiro de Transplantes – ABTO 2025
Informação salva vidas
As instituições hospitalares de Santa Catarina estarão mobilizadas no Dia D da Doação de Órgãos, que será realizado em 24 de setembro, para reforçar a importância da educação e mobilização em prol da solidariedade e da vida. Serão promovidas ações valorizando a informação e o treinamento das equipes multiprofissionais no processo de doação e transplante.
Além disso, é importante conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. Um doador pode salvar a vida de, pelo menos, oito pessoas que aguardam por transplantes de órgãos e tecidos.
“É muito importante que as pessoas saibam que as chances que elas têm de falecer em situação de morte encefálica são bem menores do que as chances de precisar de um transplante durante a vida. É aproximadamente cinco vezes maior a chance de precisar de um transplante, do que poder ser um doador. As pessoas que acham que o seu filho, sua mãe, seus irmãos, os amigos próximos deveriam ter o direito a serem transplantados caso precisassem, já estão com a decisão tomada. Se você é um doador de órgãos comunique a sua família. Se você tem um doador na família, respeite a vontade dele”, reforça o coordenador da SC Transplantes, Dr. Joel de Andrade.
Nos primeiros sete meses desse ano, já foram realizados 982 transplantes de órgãos e tecidos em Santa Catarina. Os maiores registros foram córneas (317), rim de doador falecido (174), esclera (07) e fígado de doador falecido (74).
Posso ser doador?
Todas as pessoas podem doar órgãos e tecidos. Não é necessário deixar nada por escrito, basta comunicar sua família sobre o desejo da doação, pois ela só acontece após autorização familiar. Após o consentimento da família, são iniciados o planejamento da logística, os procedimentos para remoção dos órgãos, seleção dos receptores mais compatíveis e, na sequência, distribuição dos órgãos para serem transplantados.
Após a retirada dos órgãos, a logística de transporte é uma das etapas mais importantes, pois quanto mais jovens os doadores, mais complexa é a estrutura devido ao potencial de utilização dos órgãos. O Governo do Estado tem à disposição aeronaves da Secretaria de Estado da Saúde/Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, táxi aéreo e voos comerciais, de acordo com a disponibilidade no momento. Todo o processo movimenta dezenas de pessoas.
Mais informações:
Gabriela Ressel
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
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